sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Morreu uma estrela

Com 90 anos de idade faleceu hoje a actriz Jennifer Jones, que marcou de forma indelével o cinema americano, principalmente nas décadas de 40 e 50 do século passado.

Tinha uma beleza não clássica, mas que a tornava muito sedutora. Após um primeiro casamento com o actor Robert Walker e depois de um longo romance, acabou por casar com o poderoso produtor de Hollywood, David O. Selznick, com quem viveu até este falecer; mais tarde casou de novo.

O filme que a catapultou para a fama foi “A Canção de Bernardette” (1943), e que lhe valeu o Óscar da melhor actriz.

Numa vasta filmografia, destacam-se os filmes em que foi nomeada para Óscares: “Desde que tu partiste” (1944), “Duelo ao Sol” (1946), “Love letters” (1945) e “Love is a many-splendored thing” (1955); ainda participou em outros filmes que a celebrizaram e em que contracenou com os melhores actores e sob a direcção de conhecidos realizadores: “A Fúria do desejo” (1952), “Estação Terminus” (1953), “O Homem do fato cinzento” (1956), “O adeus às Armas” (!957), “Terna é a noite” (1962), sendo a sua derradeira participação no cinema no filme catástrofe “A Torre do Inferno” (1974).

Curiosamente, esta actriz marcou-me muito, pessoalmente, por um filme menor, mas interessante, já de 1966 – “O Ídolo”, em que fazia o papel de uma mulher de meia idade que seduzia um jovem que podia ser seu filho; tendo ir a ver o filme (no Europa, em Campo de Ourique), houve uma cena bastante “quente” em que se ouvia um belo trecho musical e o jovem perguntou-lhe que música era aquela, ao que ela respondeu que era o “Inverno” de Vivaldi. Confesso a minha falta de cultura musical, e como não conhecia a música, fui no dia seguinte comprar o disco, e fui então informado que fazia parte de uma composição clássica chamada “As Quatro Estações”, comprei assim o meu primeiro álbum clássico, devido a Jennifer Jones…


18 comentários:

  1. Embora não seja do meu tempo, é sempre com algum fascínio que assisto a esta cenas antigas, onde as actrizes, neste caso a Jennifer Jones, se apresentam sempre com um glamour extraordinário.
    Abraço.

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  2. Miguel
    o filme "Duelo ao Sol", com outro grande actor, Gregory Peck, foi dos melhores westerns que vi na minha vida, com uma fotografia deslumbrante e com um final fabuloso.
    E a música do "Love is a many...", que ganhou nesse ano o Óscar da melhor canção, foi interpretada por dezenas de cantores, mas a melhor versão ainda é a de Nat King Cole.
    Abraço amigo.

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  3. Desapareceu mais "um marco" da minha juventude.Os elos das cadeias que dão continuidade à vida vão-se quebrando... é natural, mas custa sempre.
    Abracinho

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  4. E são estas pequenas mas grandes coisas que nos marcam e compõem a nossa personalidade.
    Bonito post

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  5. Maria Teresa
    esta mulher/actriz sempre produziu em mim algo que a minha natureza não consegue explicar...Tinha um "não sei quê" que sempre me fascinou, mesmo quando eu, rapazote de 18/20 anos a via já quase cinquentona em filmes como "Terna é a noite" - era uma Senhora, e sabes...sempre me seduziram mais as Senhoras que as mulheres ( e não me refiro à idade)!
    Beijinhos.

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  6. Violeta
    não poderia estar mais de acordo.
    Eu sei que esta actriz não diz nada ou praticamente nada à maioria das pessoas que me lêem, mas disse-me muito a mim, e decerto dirá a quem viu os seus filmes.
    Beijinho.

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  7. Caro Pinguim

    Essa é uma notícia muito triste para quem Jennifer foi uma das actrizes que acompanhou a tardes de cinema televisivo nos anos 60. Lembro-me das inúmeras vezes que a RTP passou a Canção de Bernardette e lembro-me também da sua magnifica Madame Bovary e de Duelo ao Sol!
    Já vou passando demasiados nomes, dos que vivem nas minhas memórias, para a lista dos que foram para o outro mundo.
    Jennifer Jones para mim continuará sempre viva, pois o seu sorriso sereno e os seus grandes olhos tão expressivos são para mim inesquecíveis.
    Um abraço amigo!

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  8. Com senso
    claro que numa extensa filmografia, escapam sempre referências a filmes importantes, e agora reparo não ter citado "Madame Bovary"...
    Curiosamente nunca vi "A Canção de Bernardette".
    Abraço grande.

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  9. por acaso não conhecia Jennifer Jones, mas conheço bem o inverno de vivaldi, que é a minha favorita das quatro estações, já não consigo ouvir a primavera de tão saturado que estou em contrapartida

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  10. Caro TUSB
    pois eu, na altura, finais de 60, não sabia quem era Vivaldi, vê tu...
    De todas as quatro estações também é do Inverno que mais gosto, e parece-me aquela que melhor define musicalmente a estação do ano a que se refere.
    Abraço grande.

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  11. Confesso que me passou despercebida. Mas acho muito engraçado o facto de ser, através dela, que compraste o "primeiro clássico"!!!
    Abraço

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  12. Caro Tong
    são estes acasos que fazem a vida ser tão interessante.
    Abração.

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  13. Infelizmente acho que nunca vi nenhum filme dela... feliz Natal para ti e abraço!!!

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  14. João
    Se um dia puderes, vê o "Duelo ao Sol" - magnífico!
    Os mesmos votos para ti e tua Família.
    Abraço amigo.

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  15. Devo ter visto todos os filmes que mencionas. Alguns, excepcionais. Era uma grande actriz. Aos poucos vão-se estas estrelas... beijinhos

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  16. Olá Eva
    e se calhar mais alguns que aqui não menciono...
    Era realmente uma actriz que marcou uma época em Hollywood.
    Mas a idade não perdoa, e ninguém é eterno.
    Beijinho.

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  17. Meu caro amigo, nao tinha visto esta postagem maravilhosa. Obrigado por avisar-me! Que foto mias linda voce conseguiu dela! Uma beleza, bem "anos 40" nos tons!

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  18. Amigo Ricardo
    nada que se compare à tua homenagem, e depois de a ler, vejo que não referi, por esquecimento apenas, um dos seus melhores filmes: "O Retrato de Jennie"...
    Seleccionei várias fotos, mas esta foi a eleita, pois fez-me lembrar as minhas velhas colecções de cromos de estrelas do cinema...
    Abraço grande.

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