Terminou ontem com as eleições autárquicas, o ano eleitoral.
Depois de uma penalização fortíssima nas europeias, o PS ressurgiu bastante bem nas legislativas, as quais venceu, pese embora tantas “vitórias” tivessem sido cantadas; e ontem, numas eleições que tinham um quadro nitidamente “laranja” depois das eleições de 2005, o PS conquistou o maior número de votos e de mandatos, tendo quase igualado o número de câmaras do PSD, à custa deste partido e da CDU.
Portanto e numa primeira análise o PS tem razões para festejar, pois subiu, mesmo em relação às legislativas e o PSD também, apesar de ter perdido câmara e mandatos, porque ainda é detentor do maior número de câmaras. Mas, nalguns casos essas câmaras só foram ganhas ou noutros teve peso importante a ajuda do CDS.
Os comunistas continuam a ter um peso significativo numa região bem definida – o distrito de Setúbal, vale do Tejo e Alentejo, mas perdeu alguma força.
O grande derrotado foi o BE e foi-o sem surpresa; as subidas conquistadas nas europeias e legislativas, não foram votações nos programas e ideais do Bloco, foram votos de protesto e Louça terá que repensar a sua estratégia, ou então conformar-se com o peso real que o BE tem no país que está muito longe dos êxitos recentes. O BE será sempre um partido de protesto e nunca será ou fará parte de uma solução governativa.
Mas estas eleições são sobretudo de pessoas e aqui também há alguns factos a registar: a eleição de
Outro importante facto é a queda, finalmente de dois dinossauros corruptos: Fátima Felgueiras e Avelino Ferreira Torres, embora se mantenham infelizmente Valentim Loureiro e Isaltino Morais.
Uma palavra para os Açores onde pela primeira vez os socialistas têm a maioria das Câmaras e para um facto que quase passa desapercebido, mas é real: o PND elegeu um vereador no Funchal, provavelmente devido ás “palhaçadas" de AJJ – é triste, mas é verdade!
Um abraço para o Fernando, que chefiou um movimento independente candidato em Marvão, demonstrando um belo exemplo de cidadania.
De facto fiquei surpreendido com os resultados do PS nestas autárquicas, o que demonstra que, apesar dos maus resultados nos actos eleitorais anteriores, ainda continua firme e hirto.
ResponderEliminarUma coisa é certa, este é o último mandato da maioria dos dinossauros das autarquias.
Maldonadpo
ResponderEliminaresqueci-me de referir esse aspecto: tanto dos bons, como dos maus...renovação é sempre bem vinda.
Abraço amigo.
Pinguim,
ResponderEliminarDestaco nas "renovações" a que mais me agradou, Beja que bem merecia!
Lisboa tem aquele que escolhi.
Enfim! Mais uma eleições em que todos "ganharam"´! Discuros divertidos se não dessem , por vezes, vontade de "chorar",
é o caso de A.J.Jardim e S. Lopes...
Beijinhos embrulhados para si
Maria Teresa
ResponderEliminarhá um perdedor total- o BE. Como já li por aqui na blogosfera foi assim: "Pummm, tssssssssss..."
E uma perdedora pessoal evidente - Fátima Felgueiras!
Beijinho.
Essa é que é essa! O BE leva sempre votos de protesto! E nada mais!
ResponderEliminarE não sabia dessa do PND no Funchal! É bem feito para o Jardim, arrogante da treta!
Espero que agora os autarcas não nos desiludam, não sejam pragmáticos, não cedam ao facto consumado!
ResponderEliminarA maior parte dos que se apresentaram pela primeira vez, fizeram-no sem ter mostrado antes qualquer ideia, qualquer projecto, qualquer interesse pela autarquia que se propuseram dirigir.
De muitos dos restantes basta passear pelo País e ver o mal que lhe têm feito. Se por ignorância, se por incompetência não sei. O que sei é que a corrrupção não explica as monstruosidades que se erguem neste País.
Mesmo sendo corrupto haveria pelo menos de se ter bom gosto e uma preoucpção pelo legado que se deixa...
Para a maioria, cultura e bom gosto é algo que não existe... E o pior é que o povo gosta!
Como gostei desta parte dos resultados:
ResponderEliminar"Outro importante facto é a queda, finalmente de dois dinossauros corruptos: Fátima Felgueiras e Avelino Ferreira Torres, embora se mantenham infelizmente Valentim Loureiro e Isaltino Morais."
Muito bom! Eh eh eh
Em toda esta envolvente eleitoral o que mais me assusta é a eleição de ideais como o PND.
ResponderEliminarQue todos saibam governar para o bem das populações!
ResponderEliminarAntónio Costa não me diz nada mas entre ele e o Santanete... venha o diabo e escolha...
ResponderEliminarAbraço
Ângelo
ResponderEliminarpara ser mais preciso, o PND teve no Funchal 4737 votos(8,46%), nem chega a menos de 1000 votos que o CDS, sendo o quarto partido mais votado!!!
Uma vergonha. E porquê, porque há muitos neo-nazis ou xenófobos na Madeira? Não acredito; perguntem ao AJJ e aos vídeos que esse "partido" fez dos acontecimentos dos últimos dias no Funchal...
Lamentável.
Abração.
Amigo Com senso
ResponderEliminarcostuma dizer-se que o povo português é muito correcto nas suas opções eleitorais.
Em eleições autárquicas, esse "dogma" não é consensual, já que muitas vezes, o povo está "viciado" no voto de X ou Y, porque sempre votou neles; só assim se explica a manutenção de Valentim Loureiro em Gondomar e Isaltino Morais em Oeiras; mas por vezes cansa-se, como foi o caso de Felgueiras ou de Marco de Canavezes...
Mas ainda há alguma "sabedoria" no voto popular autárquico: ninguém esqueceu o "governo" de Santana, quando em teoria era fácil toda a direita coligada derrotar um António Costa, sem bengalas de outros partidos.
E a votação no BE é uma condenação da forma "selvagem" de formular políticas que não sejam de protesto, e que Louçã tem simbolizado: o partido tem vivido do voto jovem, mas os nomes importantes têm saído ou têm sido ostracizados; e mais vai haver - Daniel Oliveira será o próximo.
Abraço amigo.
Félix
ResponderEliminarsó espero que a Justiça faça jus ao seu nome e haja novas eleições em Oeiras antes de 4 anos...
Abração.
Violeta
ResponderEliminaressa é uma tristíssima realidade; e logo na Madeira, há coisas "extraordinárias"...
Beijinho.
Justine
ResponderEliminarassim o esperamos, mas todos sabemos que nem todos o farão...
Beijinho.
Luís
ResponderEliminarnão queiras comparar, por "amor da santa"...
Abração.
Destaco da tua boa análise o paragrafo dedicado ao BE. Caiu a arrogância de Louçã, depois de ter cantado de galo nas legislativas. O Bloco não será nos próximos anos governo e tão pouco terá poder autárquico. isto porque se há coisa que fazem bem é protestar, ser oposição e motor da evolução de algumas mentalidades portuguesas ao trazer temas incómodos para o seio da discussão política. Mas nenhum português quer vê-los com poder e as autárquicas provam isso mesmo.
ResponderEliminarAbraço Pinguim
Olá Speedy
ResponderEliminareste meu pensar acerca do BE não significa que hostilize o partido; até simpatizei, no seu início com a sua maneira de encarar diversos assuntos e mostrar uma aragem diferente na vida política portuguesa. Mas Louçã tem vindo a desiludir-me muito, pois afinal é como os outros que tanto critica; e é de tal forma egocêntrico no seu poder dentro do partido que tem perdido apoios e vai perder mais...
Enfim, os políticos são mesmo assim - não se lhes pode dar muita "corda"...
Abraço amigo.
Devo admitir que o Louça (e o Santana) esgiveram muito bem, porque foram os unicos que falaram de derrotas...estou farto destas eleições em que todos ganham...
ResponderEliminarForam umas eleições estranhas no meu ver, felizmente que a Felgueiras foi "expulsa" pela mão do povo. Aqui na Amadora já não posso ficar feliz, é triste que o FDP do Raposo vai continuar, é uma merda, e desculpa o termo Pinguim, viver numa zona que se tornou num "aterro", toda a escumalha foi enviada para aqui. Estou triste, mas cumpri o meu dever.
ResponderEliminarLittle John
ResponderEliminaré tamanho o peso da derrota de ambos, que seria impossível sugerir sequer algum indício de vitória.
Abraço amigo.
Ricardo
ResponderEliminarembora vivendo perto, não estou a par da vida autárquica da Amadora, mas pelo que vejo, mais do que pelo que sinto é um concelho bastante problemático; Joaquim Raposo pode não ser o presidente ideal, mas e as alternativas??? Não sei, saberás melhor que eu.
Estranhamente, sendo um dos concelhos mais populoso do país, pouco ou nada foi falado na noite televisiva de ontem, pelo menos na RTP que foi a estação que vi.
Abraço amigo.
não voto em Lisboa mas estava a torcer pela vitoria do PS e pela derrota pessoal do Pedrito
ResponderEliminarJoão
ResponderEliminarentão estás como eu...
Abração.
Confesso que nestas eleições desliguei-me um pouco das disputas nacionais e focalizei como é normal nas que me diziam respeito. Já agora na minha freguesia e câmara dou te a boa notícia que o PS foi vencedor e que em ambos teve o meu voto loool
ResponderEliminarFolgo tb em saber que tanto o Porto e Lisboa ficaram bem entregues, mantendo os actuais presidentes :)
Já agora aproveito para te dizer que deixei, no meu, uma pequena distinção ao teu blog ;)
Abraço
Olá Ruy
ResponderEliminarsim, eu sei que na Câmara se mantém Mesquita Machado, sem dúvida um dos casos de maior longevidade autárquica do país.
No meu concelho, Sintra, não votei no vencedor, apenas por uma questão de simpatia, pois já sabia de antemão que Seara continuaria presidente (lamento que a escolha socialista tenha recaído numa mulher que admiro muito, Ana Gomes, mas cujo perfil se adequa mais a outras funções).
Agradeço muito o teu prémio que já está na minha galeria de prémios e é curioso que já tinha recebido há bastante tempo o mesmo prémio de outro blog.
Enviei-te há pouco um mail.
Abraço grande.
Uma justa vitória... A escolha possível, sem dúvida!...
ResponderEliminarOlá Luís
ResponderEliminareu diria mais, a única escolha...
Abraço amigo.
Como já foi dito acima, a Felgueiras e o Ferreira Torres foram à vida, uma das coisas mais positivas destas eleições. O Major Valentão vai ter a vida mais complicada, agora que vai estar sem maioria e o Isaltino duvido que fique lá o mandato todo.
ResponderEliminarTorci até ao fim pela vitória do António Costa e saber que foi com maioria (já durante o discurso de vitória) foi o máximo (e nem sequer sou eleitor de Lx).
O próximo acto eleitoral vai ser o do Conselho Nacional do PSD... que pena tenho não poder votar.eheh
E já que estamos embalados com eleições, podia-se aproveitar para referendar de imediato a autonomia da Madeira.
Abraço.
Miguel
ResponderEliminareu votava de imediato na independência e o Jardim que se governasse com as flores, os bordados, as bananas e com o turismo claro, e não vivesse à custa dos "cubanos"...
Abração.
No discurso de derrota, Santana Lopes, com a ânsia de minimizar a vitória de António Costa, chamou a atenção para um aspecto do qual devia envergonhar-se: o voto útil de comunistas e bloquistas. Não terá ele pensado no tamanho do sapo que uns e outros tiveram de engolir para conseguirem votar no PS (principalmente o eleitorado da CDU, em regra fiel)? Estou convencido que se o PSD tivesse outro candidato não teria havido tantos eleitores a fazerem voto útil em António Costa. Na minha opinião, AC não teve uma grande vitória. Foi PSL quem sofreu uma grande derrota, ao conseguir pôr tanta gente a votar contra ele.
ResponderEliminarNão tenho tido muito tempo para isto dos blogues mas queria deixar aqui a minha opinião.
ResponderEliminarAbraço.
Paulo
ResponderEliminaré sempre um prazer ler-te, ou num comentário, mas principalmente em textos teus.
Sobre o que dizes, claro que Santana, mesmo que sabendo desse voto útil, não o deveria ter referido, pois isso só mostra que o objectivo principal era afastá-lo da presidência. Mas o facto de a esquerda ter concorrido em três listas (excluo aqui os pequenos partidos) quase entregava a Câmara a PSL, que congregava em si, toda a direita. Nessa perspectiva, a vitória de António Costa ganha realce e o facto de mesmo ganhando não ter o mesmo número de mandatos do que Santana - 9/7, e não 8/8 - tira qualquer poder a Rúben de Carvalho, que assim não é um vereador charneira.
Abraço grande.