Já há quase uma semana findou o Queer Lisboa e só hoje venho aqui falar dele (maldita política…)
Como é habitual, eu, que pouco frequento os cinemas, embora veja muitos filmes em casa, fui todos os dias ao S.
O filme de apresentação foi o esperado “Morrer como um Homem” de
A sessão de encerramento trouxe-nos um musical, bastante comercial, mas agradável e bem disposto – “Were the World Mine”.
Nos filmes em competição para a melhor longa metragem, vi cinco dos dez em concurso: o premiado “Ander”, do basco Roberto Castón (de que falarei daqui a pouco), o interessante e baseado na realidade “Pedro”, comovente filme americano de Nick Oceano; o refrescante “Mein Freund aus Faro” da alemã Nana Neul, uma boa surpresa; um complicado mas muito belo filme de Kit Wung – “Wu Sheng Feng Ling”, que nos transporta da urbana Hong Kong à ruralidade suíça, por meio do amor; e ainda a quase epopeia mexicana de Julian Fernandez – “Rabioso Sol, Rabioso Cielo”, longo mas belíssimo testemunho de um amor que tudo vence.No que respeita aos documentários em competição, também visionei cinco dos dez e confesso ter ficado algo decepcionado, embora não tivesse visto o filme vencedor, infelizmente; apeasr de tudo permito-me distinguir positivamente um título – “City of Borders” um filme israelita sobre a comunidade GLBT de Jerusalém, focando essencialmente um bar gay frequentado quer por israelitas quer por palestinianos.
Ainda em competição, no caso das curtas, vi variadíssimas e votei nelas, já que o prémio, nesta competição, foi atribuído por votação do público; algumas muito más, outras com interesse e cinco francamente boas: “Café com Leite”, do Brasil, “And Thou Shalt Love”, de Israel, “James” , do Reino Unido e também deste país “Protect me from what I want” e “Yo Solo Miro”, de Espanha, a acertada escolha do público.
De entre outras secções extra concurso, uma referência muito positiva para o excelente documentário sobre a vida em comum do escritor Christopher Isherwood e do seu companheiro Don Bachardy, “Chris & Don – a love story”, magnífico filme.
Tive pena de não ter assistido à conversa de
Os prémios foram atribuídos a “Ander”, de Roberto Castón, nas longas, o qual foi na minha opinião merecidíssimo, já que retrata com enorme sensibilidade uma situação pouco vista em cinema e que tem a ver com a sexualidade, quer homo, quer heterossexual no meio rural; personagens muito reais, num filme propositadamente lento para se descobrirem pormenores importantes, sem nunca entediar e com interpretações brilhantes, sendo de distinguir Joxean Bengoetxea, que ganhou com inteira justiça o prémio da melhor interpretação masculina.
A melhor interpretação feminina foi entregue à actriz grega Mina Orfanou, pelo seu papel de transexual em “Strella”, que eu não vi. O prémio de melhor documentário coube ao filme canadiano “Fig Trees”, que também não vi. Finalmente a curta espanhola “Yo solo miro” foi um justo vencedor, o qual espero mostrar aqui no blog, numa próxima entrada.
Deixo aqui um vídeo com algumas cenas do filme vencedor “Ander”, e com incidência na participação do seu protagonista Joxean Bengoetxea.
Um mão Cheia de filmes, assim como um mão cheia de obrigados, pela divulgação...
ResponderEliminarAbraço-te
Que exclente reportagem, Pinguim! Melhor que a do "Expresso":))
ResponderEliminarDepois de ver este clip fiquei com muita curiosidade, sabes quando vai sair em dvd? E se vai ser vendido em Portugal?
ResponderEliminarÉ neste tipo de coisas que a localização geográfica faz toda a diferença. Se nuns casos a oferta é grande, noutros, estamos mesmo perante um deserto de ofertas. Fica sempre a possibilidade, mesmo que remota, de poder ver em DVD
ResponderEliminarEra para ter ido, mas havia que escolher, e como não se pode estar em 2 lados simultaneamente, e depois surgiram outras coisas...
ResponderEliminarPena, fica para outra vez caso haja oportunidade.
Abraço!
Abraço-te
ResponderEliminardentro do possível divulgarei aqui no blog algumas curtas e uma que outra crónica mais alargada e documentado sobre algum filme.
Abraço amigo.
Olá Justine
ResponderEliminarexcelente propaganda me fazes; pode ser que o Dr. Balsemão a leia e me convide para um "pescato"...
Beijinho.
Amigo Ricardo
ResponderEliminarnão faço a mínima ideia; nem ainda está disponível nos "circuitos paralelos" da net, onde já o procurei para o poder gravar; logo que tenha esse dado posso transmitir-te onde, combinado?
Abraço grande.
Bluewater
ResponderEliminartens toda a razão; Portugal continua a ser um país demasiado macrocéfalo, e isso na cultura é notório.
Sobre este filme "Ander" como já referi atrás, darei notícias acerca da sua disponibilidade, logo que disso tenha conhecimento.
Abração.
Lampejo
ResponderEliminareste ano, vivendo aqui em Lisboa, podias ter dado uma saltada ao S. Jorge num dia qualquer...
Como dizes, fica para uma próxima oportunidade.
Abração.
Tive pontaria. O único filme que fui ver (exceptuando o da sessão de encerramento) foi o vencedor do prémio para o melhor filme! Mereceu.
ResponderEliminarAbraço
Caro X
ResponderEliminarclaro que tiveste; aliás vimos o filme juntos, tu, o F e eu e logo ali trocámos impressões e ficámos agradados com o que vimos; à saída da projecção tive a oportunidade de cumprimentar pessoalmente o realizador e o actor e lhes transmitir esse agrado.
Abraço grande.
Apenas vi a sessão de curtas onde deu "Café com Leite". De todas as apresentadas (algumas nem sei o que tinham de LGBT), foi a que me mereceu maior pontuação. Pelos vistos a opinião foi geral, visto que venceu.
ResponderEliminarAbraço
Luís
ResponderEliminartiveste mesmo azar com a pontaria ao contrário do X e F.
Essa foi a sessão de curtas mais enfadonha de todo o festival, só com filmes em língua portuguesa, algumas verdadeiramente "intragáveis"; a única que se safou foi mesmo a brasileira "Café com leite", mas não ganhou o prémio; esse foi ganho pela deliciosa curta espanhola "Yo Solo miro"...
Abraço amigo.
Pinguim, o teu relato é tão completo que praticamente é como se estivesse a conversar com nós outros sobre os filmes. Quase que lhe vejo a falar os comentários. E gostei do clip de 'Ander'. Saiba desde já que tenho origem na zona rural, de onde sai apenas aos 19 anos. Abraço!
ResponderEliminarRedneck
ResponderEliminareu gosto muito de cinema e particularmente de filmes de temática LGBT, tendo uma colecção muito completa deste tipo de filmes.
Além disso, desde a primeira vez que este Festival se realizou, que o acompanho com bastante assiduidade; e devo deixar aqui uma palavra de muito apreço ao teu compatriota Celso Júnior, meu prezado amigo e que foi o grande empreendedor deste evento.
Abraço grande.
Excelente reportagem, pinguim :)
ResponderEliminarGostei do trailer do "Ander", parece ser um filme muito interessante.
E também ficou aberta a curiosidade para o outro punhado de filmes e curtas que divulgaste.
Vou tentar encontrar alguns deles eheh
Ruy
ResponderEliminarsempre que precisares de algo sobre filmes desta temática, entra em contacto comigo; o meu endereço de mail está no perfil do blog.
Abraço amigo.
Obrigadooo amigo, obrigado mesmo.
ResponderEliminarE longa vida ao Queer Lisboa!
grande abraço.
Glauko
ResponderEliminare mais parabéns para ti: o Rio tem as olimpíadas de 2016!!!!!!
Abração.
Pinguim, desculpa se estou a fugir um bocado ao assunto, mas nao sou grande conhecedor de cinema LGBT.Es caapz de em recomendar alguns que se possam sacar facilmente pelos torrents?
ResponderEliminarObrigado
Little John
ResponderEliminarNão estás de maneira nenhuma a fugir ao assunto, antes pelo contrário.
Eu não uso os "torrents".
Há uma série de sites onde podes encontrar bastantes bons filmes GLBT, e vou aconselhar-te um, excelente, pois tem muitos filmes e uma boa explicação sobre o filme, um trailler e geralmente legendas.
Só tens que fazer os downloads das diversas partes e depois unir essas partes através de um programa para o efeito.
O site é http://filmestemag.blogspot.com/ e está sempre a aumentar a oferta de filmes.
São tantos os bons filmes que é difícil sugerir nomes, mas se ainda não viste arriscaria propor-te "Latter Days" e a trilogia de filmes do israelita Eyton Fox: "The Bubble", "Yossi & Jaggger" e "Walk on Water".
Para juntar as partes podes usar o programa http://www.freebyte.com/hjsplit/
Se precisares de alguma ajuda, manda-me um mail (o endereço está no perfil do blog).
Abraço amigo.
Mas que ótimas informacoes!!!!!!!! Obrigado!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarRicardo
ResponderEliminarnada que se pareça aos teus relatos.
Já agora gostava de ter a tua opinião sobre a postagem de hoje.
Abraço amigo.
E parabéns pelas Olimpíadas...
Já fui ao Queer em edições anteriores, mas este ano, por motivos alheios à minha vontade, não pude ir.
ResponderEliminarMaldonado
ResponderEliminarnem sempre podemos compatibilizar as nossas vidas com actividades lúdicas, mesmo que interessantes.
Poderás no entanto ver, aqui ou ali alguma coisa que vá aparecendo.
Abraço amigo.