“O primeiro amor nunca é fácil. Mas, quando um jovem como Nathan, acabado de chegar a uma pequena cidade, é vítima de abuso sexual por parte do seu pai, o primeiro amor pode ser a única forma de se salvar. No seio de uma família disfuncional, com uma mãe doméstica e um pai alcoólico, Nathan interessa-se pelo seu colega Roy e sonha com ele uma vida livre do constante assédio nocturno do pai: Nathan sente-se mais seguro sabendo que Roy está na casa ao lado e ainda mais seguro quando está com ele. Ao estudarem álgebra lado a lado na cama, uma coisa leva naturalmente à outra.
E é nessa pequena cidade rural do Louisiana, no sul profundo americano, nos meados do século passado, cheia de preconceitos que Nathan e Roy têm que esconder o seu amor dos amigos, da igreja e da família. Mas isso é fácil para Nathan que está habituado a guardar segredos; o jovem apenas tem medo do segredo que sempre escondeu, mesmo de Roy – a terrível verdade acerca do seu pai que faz a sua vida impossível. Ao fugir de casa uma noite com Roy, Nathan apenas tem uma certeza, a de que nunca voltará.”
Esta é, na essência, a trama do segundo livro de Jim Grimsley, “Rapaz de Sonho” e com o qual o autor conquistou o Lambda Literary Award, na categoria de literatura, em 1966.
Sendo eu, infelizmente um leitor não muito assíduo, peguei neste livro que adquiri o ano passado no S.
Procurando no Google, referências para este post, sou surpreendido com o aparecimento de um post (que eu até tinha comentado) no blog “Ovelha Tresmalhada” precisamente sobre este livro e de um outro post do blog “Maurice” (por onde andas tu, que fazes falta na blogofera…), sobre o filme “Dreamboy”, baseado neste livro. Fiquei surpreso e mais espantado fiquei de já ter sacado o filme, que apenas carecia de ser visto; e assim, pela primeira vez tive oportunidade num espaço de 24 horas, de ler um livro e ver o filme baseado no mesmo.
Claro que uma adaptação cinematográfica é sempre difícil e geralmente “perde”para o livro; mas acima de tudo estava ansioso por saber se o filme me faria entender melhor o final do livro; pura ilusão, pois a ambiguidade mantém-se…
Não me desiludiu de forma alguma o filme, realizado em 2008 por James Bolton, mas esperava encontrar no filme intérpretes fisicamente mais adequados às personagens que o livro me mostrou; aí acho que não correspondem exactamente aos protagonistas do livro de Grimsley. Uma palavra para toda a música do filme, muito boa, como se pode perceber pela belíssima canção do trailer do filme.
já li o livro há uns anitos e gostei imenso. aliás na mesma editora estão editados mais livros do autor, que eu muito aprecio. já 'tropecei' no filme por aí, mas nunca me dispús a vê-lo. se calhar está na altura. abraço
ResponderEliminarMiguel
ResponderEliminaro filme não será uma obra prima, mas tem o seu interesse, principalmente para quem leu o livro, como é o teu caso.
Abraço amigo.
Já li o livro há alguns anos, que, na altura, devo confessar, não me entusiasmou muito. O final é um pouco desconcertante, e pareceu-me pouco conseguido, mas também não saberia aranjá-lo de forma diferente (isto é, fá-lo-ia, mas seguramente nunca de forma a competir com o original!).
ResponderEliminarO filme ainda não vi, mas fiquei algo curioso. Vou tentar ver.
Abraço João e obrigado por me trazeres tanta informação
Pronto, lá vou chorar que nem uma Madalena outra vez.
ResponderEliminarManel
ResponderEliminaro final tem realmente múltiplas interpretações; eu que não acredito em ressurreições, apenas vejo o lado onírico da questão.
Gostei de ler no fórum do IMDB as opiniões acerca deste final, nenhuma absolutamente conclusiva.
Abraço grande.
Olá Filipe Miguel
ResponderEliminartalvez não; o filme (e o livro, claro), não é lamechas, é apenas o retrato de uma sociedade rural americana em meados do século passado.
Obrigado pela tua visita.
Abraço.
De facto o livro é muitooo bom, gostei imenso de o ler e quanto ao final acho que era o possivel.
ResponderEliminarPena é que este tipo de filmes nunca parem pelas nossas salas de cinema e seja particamente impossivel comprar o filme em DVD, ou serei eu que não sei como os encontrar?
Está para vir outro grande filme o "Prayer's for Bobby" que já se pode ver no YouTube e espero ve-lo nas salas de cinema.
Obrigado pelo trailer.
Tiago
Pinguim, obrigado pelo alerta. Li o livro e gostei qb. E não sabia que tinha filme.
ResponderEliminarGostei bastante do trailer, mas como referes que não há muita coisa que corresponde abre o apetite para ler o livro.
ResponderEliminarOlá Tiago
ResponderEliminarobrigado pela visita. Realmente estes filmes raras vezes têm exibição comercial e poucos são editados em DVD; resta sacá-los e para isso há bastantes sites com títulos muito interessantes; curiosamente este filme que aparece em quase todos esses sites, está sempre falado em inglês (mas com um som por vezes pouco audível), mas com legendas em alemão, o que "distrai um pouco a atenção. Só num site consegui a versão original...
Se estiveres interessado, dar-te-hei informações sobre esses sites.
O "Prayers for Bobby" (muito bom), é editado certamente em DVD e até poderá ser exibido comercialmente, pois tem a Susan Sarandon num magnífico desempenho.
Abraço.
Olá André
ResponderEliminarsucedeu-te o mesmo que a mim...Mas eu tinha cá o filme para ver de imediato e tem muito interesse comparar.
Abração.
E tens mais um filme muito bom, brasileiro, "Do Começo ao Fim", podes procurar no YouTube o trailer.
ResponderEliminarTiago
Ricardo
ResponderEliminarcomo é normal o livro é sempre melhor que o filme, apesar de este ser bastante interessante.
Abraço amigo.
Tiago
ResponderEliminarjá vi o trailer e até mais uma cena ou outra desse filme, que quero mesmo ver, mas ainda não "apareceu" completo em lado nenhum.
Estava convencido que iria vê-lo no Queer, mas não fez parte da selecção.
Abraço.
Pinguim, a música do filme promete bastante. Só que, após algum tempo na Net, dei-me por vencido. Por mais que pesquisasse, não encontrei nada relativo ao 'soundtrack' do filme. No site oficial do filme (http://www.dreamboythemovie.com/) apenas existe um Email. Talvez a partir daí se obtenham mais dados.
ResponderEliminar«Sendo eu, infelizmente um leitor não muito assíduo» infelizmente também sofro desse 'problema'. Internet e TV acabam por consumir demasiado tempo, sobrando muito pouco para ler.
Mais um livro a juntar à estante! Obrigado:)
ResponderEliminarFiquei cheio de curiosidade e interesse pelo livro e pelo filme. Já estão na minha "to do list" assim como o documentário "Chris & Don"! Se continuares a divulgar coisas boas ou prometo contunar com post lamechas. Deal?
ResponderEliminarAbraço
Blue
ResponderEliminartalvez este vídeo te ajude sobre a música do filme
http://www.youtube.com/watch?v=55lpznZq5SA
Abraço amigo.
Little John
ResponderEliminarse fores como eu, qualquer dia não te cabem na estante...
Abraço amigo.
Bastante curioso... Há muitos anos atrás, um dos primeiros livros LGBT com os quais me cruzei foi este. Nunca cheguei a lê-lo nem vi o filme mas fiquei com curiosidade em vê-lo...
ResponderEliminarAbraço
X
ResponderEliminaros teus posts não são lamechas, eu é que sou...E sou demasiado sensível; pronto não há nada a fazer!
Abraços grandes.
Luís
ResponderEliminareu confesso que fui um pouco seduzido pela capa, pois não tinha referências nenhumas sobre o autor; agora quero ler algo mais dele...
Abraço amigo.
Pinguim tu já sabes cinefilo como sou, já vou ter que colocar este filme na minha lista de filmes a ver. Mas primeiro vou ver se arranjo o livro. ihihihi :)
ResponderEliminarAbraço!
Caro Pedrosense
ResponderEliminaracho bem que leias o livro (é da Editorial Teorema) e logo de seguida visiones o filme, pois assim poderás fazer uma analogia muito interessante; ficarei atento ao que disseres sobre o assunto.
Abraço amigo.
Pinguim, li 'Maurice' e, por uma sintonia que soi ocorrer em algumas ocasiões entre conhecidos (no caso, entre você e eu, se me permite), tornei a rever o filme há poucos dias. E me emociona ainda. Estive aqui há dois dias e por várias vezes comecei a assistir a este vídeo e tantas vezes fui interrompido pelo estalido do telefone (trabalho em casa). De forma que deixei para depois e depois e somente agora volto, já sem o impulso inicial que tinha quando havia recém-revisto "Maurice". Não importa. A emoção é a mesma. E a cada vez que assisto um filme aqui neste teu espaço, fico estasiado por ver essas poesias fílmicas e verbais. Vou roubar o nickname de outro colega, já conhecido. Abraço-te!
ResponderEliminarRedneck
ResponderEliminaro livro e o filme "Maurice" marcaram muito toda um época, pois abriram portas até então fechadas.
Mas este "Dreamboy" surge já com as portas bem abertas e se foca o mesmo tema, fá-lo numa perspectiva bem diversa, já que o protagonista é assassinado e "ressuscita" mas apenas o vê o seu amado; é um final onírico.
Não entendi o que queres dizer sobre o nick, desculpa...
Abraço grande.
Oi Pinguim, é que tomei de empréstimo o 'Abraço-te' do blog homônimo. Muito me agrada esse nome. Fiz a referência equivocada a 'nick'. O nome 'Abraço-te' me sugere um abraço coletivo pela blogsfera de forma que nos abracemos a todos virtualmente. E hoje, sábado, me lembrei de você e seus conterrâneos: recebi, sob encomenda de Portugal, o livro 'Os Contos de Cantuária', de Geoffrey Chaucer. No Brasil, há um péssimo hábito de os livros esgotarem-se no catálogo das editoras e não serem reeditados (a baixa tiragem, dizem, não justifica uma reimpressão). De forma que recebi o citado livro de uma editora portuguesa - Publicações Europa América). Assim, abraço-te novamente!
ResponderEliminarMeu caro Redneck
ResponderEliminartodos os pretextos são bons para se dar um "abraço"; e há abraços que têm um alcance bastante para além do que o simples significado da palavra...
Também eu gosto muito desse nick!
E para não abusar dos abraços, hoje envio-te um beijo, pode ser?
Eu adorei o livro e tenho receio que o filme não faça juz ao mesmo! A ver vamos, tenho que conferir! ;)
ResponderEliminarAbraço
Félix
ResponderEliminarum filme nunca "chega" ao livro, mas mesmo assim, está muito razoável.
Abração.
Which came first? chicken or the egg
ResponderEliminarAnónimo
ResponderEliminargostaria que não fosses anónimo, mas que hei-de fazer?
Acho que num caso de adaptação de uma obra literária ao cinema, a questão não se põe - é sempre primeiro o livro.