Oriundo de uma família da alta burguesia, José Carlos Ary dos Santos, conhecido no meio social e literário por Ary dos Santos, vê publicados aos 14 anos, através de familiares, alguns dos seus poemas, considerados maus pelo autor.
No entanto, Ary dos Santos revelaria verdadeiramente as suas qualidades poéticas em 1954, com dezasseis anos de idade.
É nessa altura que vê os seus poemas serem seleccionados para a Antologia do Prémio Almeida Garrett.
Nessa altura Ary dos Santos abandona a casa da família, exercendo as mais variadas actividades para se sustentar, tais como venda de máquinas para pastilhas até à publicidade.
Paralelamente, o poeta não cessa jamais de escrever e em 1963 dar-se-ia a sua estreia efectiva com a publicação do livro de poemas A Liturgia do Sangue (1963).
Em 1969 inicia-se na actividade política ao filiar-se no PCP, participando de forma activa nas sessões de poesia do então intitulado "canto livre perseguido".
Ary dos Santos morreu a 18 de Janeiro de 1984, na sua casa, na rua da Saudade, em Lisboa, quando preparava um livro autobiográfico intitulado «Estrada da Luz-Rua da Saudade» e a edição de dois livros de versos, “Trinta e Cinco Sonetos” e as “Palavras das Cantigas".
Foi nesta casa da Rua da Saudade que estive numa estranha noite, começada num bar gay da Calçada da Patriarcal, que parece ainda existir, mas com outro nome, e que na altura se chamava “Clássico…ma non troppo”; aí encontrei um amigo, que tinha aparecido num grupo animado, para beber um copo, e no qual se incluía Ary dos Santos, poeta que sempre admirei. Foi de uma forma natural que me vi incluído no grupo que rumou para o Castelo, para a casa do poeta. Era uma casa magnífica, com uma enorme sala, cheia de brocados, com fotos de grandes senhoras da vida cultural portuguesa (Amélia, Amália, Eunice, Natália…) e numa sala contígua Ivone Silva ensaiava um trecho de uma nova revista a apresentar em breve e da qual Ary era co-autor.
Era para mim, jovem universitário, uma atmosfera inédita e quase irreal; formou-se um círculo com os que tinham chegado, todos sentados no chão, entre almofadas, e um ritual se iniciou, bastante comum na altura, e sem grandes consequências, de um que outro “charro” fosse sendo fumado em comunidade e com conversas interessantes.
Quando chegou a altura que eu achei que devia sair, dirigi-me a Ary para lhe agradecer a agradável noite, mas ouvi, num tom imperativo, algo inesperado: “tu não vais embora, ficas a dormir aqui em casa”; claro que não gostei, sempre fiquei a dormir onde bem quis e não onde me impusessem, pelo que disse que tal não aconteceria e dirigi-me para a porta; foi então que a mão sapuda de Ary me esbofeteou, irado pela “desfeita” de um engate mal sucedido. Doeu bastante, não pela dor física, mas sim porque nesse momento caiu um mito…
Saí!!!!
A admiração pela obra poética de Ary, claro que não ficou beliscada, mas como ser humano, apenas um enorme desprezo a partir daí senti por ele.
E baseado neste “incidente” elegi para ilustrar a sua poesia, não um dos seus mais conhecidos poemas, mas este
“Soneto Presente”
“Não me digam mais nada senão morro
aqui neste lugar dentro de mim
a terra de onde venho é onde moro
o lugar de que sou é estar aqui.
Não me digam mais nada senão falo.
E eu não posso dizer. Eu estou de pé.
De pé como um poeta ou um cavalo
de pé como quem deve estar quem é.
Aqui ninguém me diz quando me vendo
a não ser os que eu amo ou que eu entendo
os que podem ser tanto como eu.
Aqui ninguém me põe a pata em cima
Porque é de baixo que me vem acima
A força de um lugar que for o meu.”
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Lembro me perfeitamente de teres partilhado esta memória da tua vida...e por coincidência...ainda ontem Ary dos Santos veio à baila numa conversa...e eu sorri pela lembrança desta história:)
ResponderEliminarAbraço:)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarParabéns pelo texto de uma passagem da tua vida, gostei bastante da escrita digno de livro. Um história digna de se passar para outras pessoas, faceta curiosa e talvez um pouco inconveniente de Ary. E felicito pela tua reacção, só nos põe a mão quem nós queremos.
ResponderEliminarCaro Hydra
ResponderEliminarhá muito que tenho esta entrada em "stand by", e se agora ela vem finalmente ao de cima, é porque ao reler poesia, o que faço várias vezes, me deparei com este soneto de Ary, que se adequa bastante bem, principalmente no final, ao meu grito interior de então. E acaba por ser assim, o próprio Ary a dar-me razão...
Abraço grande.
Ricardo
ResponderEliminartodos nós temos, quando olhamos para trás na nossa vida, encontros com situações que dificilmente ou mesmo nunca podem ser esquecidas; esta é uma delas.
E se reparares no poema da canção (magnifico), nele se diz: "minha coragem de correr contra a ternura"...
Abraço amigo.
Boris e Teka são uma fonte de pura elegância! parabéns pela beleza dos bichanos! miaaauuu...
ResponderEliminarGata Lili
ResponderEliminaro Boris e a Teka, penhoradamente agradecem o teu elogio...Miauuuuuuuuuu!!!!
Beijinho.
caro João, a tua vida é riquíssima e tens vivências extraordinárias. que privilégio nosso que vás partilhando connosco essas tuas histórias e memórias. adorei esta. porque gosto muito dos poemas do Ary e porque gosto muito de ti. abração
ResponderEliminarTodos, ou quase todos, os grandes homens têm um lado "escuro", Ary não fugia a esta "regra"
ResponderEliminarGostei do testemunho e do poema que não conhecia.
Devias sem duvida escrever um livro sobre a tua vida...estas passagens são algo que nos preenche o passado...Eu compraria!!!
ResponderEliminarUm beijo
Eu já que que viveste coisas bem interessantes mas ler sobre elas dá outro gozo.
ResponderEliminarNão fazia ideia que ele conseguia ser tão parvo. Mas os génios são todos assim. É por isso que nasci louro por dentro.
Abraço
Fiquei agora a saber porque que não gostas da figura do Ary dos Santos, acho que devia ser uma pessoa que não devia estar habituada a um não, e devia ter um feitiozinho tão grande como o seu génio, um bocado à la Oscar Wilde.
ResponderEliminarSempre surpreendente... :)
ResponderEliminarbeijinho
História deveras interessante!
ResponderEliminarPelo início pensei que fosse uma história bonita, mas pelos vistos acabou mal :s
ResponderEliminarEnfim são episódios na vida, no caso da tua e da dele, que provavelmente fizeram com que não se cruzassem mais...
Poetas, diz quem percebe, que era bom.
hug
Que inveja...é dos meus "homens" favoritos.
ResponderEliminarTambém eu tenho conhecido "mitos", que pessoalmente pouco mais valém que meio vintém.
Beijokas.
Miguel
ResponderEliminarjá conversámos bastante sobre estas coisas de que as nossas vidas são feitas; elas não me acontecem apenas a mim, nem tenho um íman para atrair histórias; acho que está na própria maneira de ser da pessoa, na curiosidade e um pouco numa "ousadia" que eu gostava muito de ver mais nos outros...
Se eu fosse a contar tudo o que já me aconteceu perdia a graça caía na rotina; assim, de quando em vez lá vem mais uma página desse livro imaginário de que falas.
Abraço grande.
História interessante :)
ResponderEliminarForte abraço
Engraçado como por vezes temos uma ideia de alguém que apenas conhecemos de longe e admiramos por qualquer razão, e depois quando a conhecemos pessoalmente, temos uma decepção... também já me aconteceu. Também gosto imenso destas tuas partilhas. O poema é lindo mesmo e tão apropriado :)
ResponderEliminarbeijo
Maria Teresa
ResponderEliminarobrigado pela visita; é muito agradável receber aqui uma bonita Avó, principalmente quando a idade também já dá para ser avô...
Sobre o Ary, foi sempre, independentemente do sucedido, um imenso poeta, e como disse essa sua característica nunca sofreu qualquer beliscão; como homem, não foi só por este episódio, mas por tudo o que se contava sobre o seu feitio difícil e irascível, que o seu nome não era facilmente "digerido" por muita gente e houve muita gente que não o aturava...
Não por ser gay, facto que o não incomodava nada, mas por ser demasiado possessivo.
Enfim, o que conta é o legado que nos deixou, e não tanto o mau feitio que mostrava algumas vezes.
Proponho, sem qualquer ofensa um tratamento por tu, que se não fosse a minha idade, nunca ousaria fazer; mas claro que aceito perfeitamente uma opinião diversa.
Free_soul
ResponderEliminarpeço-te que leias o meu comentário ao Miguel, pois iria repetir aqui o que ali afirmei.
Beijinhos.
O facto de se ser um grande escritor, artista, etc, não quer dizer que se seja um ser humano genial.
ResponderEliminarTu sentiste na carne essa situação...
Abraço!
Amigo X
ResponderEliminarsegundo soube, Ary tinha atenuantes para certos comportamentos mais criticáveis; foi muito abalado pelo falecimento de um irmão do qual gostava muito, vivia perseguido pela solidão, apesar de facilmente ter pessoas que o adulavam e parece que era um amante verdadeiramente possessivo, que destruía qualquer relacionamento; e um deles foi bem falado então...
Enfim, ninguém é perfeito.
Abraço grande.
Como poeta, tiro o meu chapéu. Já como pessoa deixava muito a desejar...
ResponderEliminarCaro TUSB
ResponderEliminartemos que dissecar a figura de que falas, no ser humano, que realmente me desiludiu profundamente, do seu génio literário, imenso e sempre assim considerado, apesar do acontecido.
Embora saiba que apenas te referes ao seu génio, entre Ary e Wilde há uma imensidade de coisas a separá-los; olha, dava um interessantíssimo tema para um texto num blog...
Abraço amigo.
Natacha
ResponderEliminarnão necessariamente; apenas atento e até algo oportunista, mea culpa, mea culpa...
Beijinho.
Olá Ângelo
ResponderEliminartalvez bastante interessante, vista de fora; mas algo perturbadora vivida realmente.
Abraço amigo.
"Aqui ninguém me põe a pata em cima
ResponderEliminarPorque é de baixo que me vem acima
A força de um lugar que for o meu"
Abraço-te
Ruy
ResponderEliminareu não diria que tivesse acabado mal, pois nem chegou a começar...e ainda bem!
Abraço amigo.
Olá Keratina
ResponderEliminaro seu atractivo físico, como homem, era nulo, pelo menos para mim; mas há sempre algo mais para além desse aspecto, e que ele destruiu totalmente: daí eu falar na queda de um mito...
E sobre mitos, dou-te razão. são os chamados "mitos com pés de barro"...
Beijinho.
Estas coisas são tramadas; quando gostamos e admiramos uma pessoa e depois há um deslize e passamos a ver o seu verdadeiro "eu".
ResponderEliminarJá tinha lido e até ouvido alguns dos que privaram com ele dizer que tinha tanto de talentoso, como de mau feitio.
Sempre gostei da poesia de Ary dos Santos (nem de toda), mas desde que há tempos vi um documentário sobre a vida e obra,(com testemunhos de amigos, conhecidos e pessoas com quem privou), fiquei algo desiludido e passei a "mastigá-lo" de outra forma.
Com a história que contas, só vem reforçar.
Obrigado por partilhares, mais uma vez, uma bela história.
Forte abraço.
Luís
ResponderEliminartodas as histórias do nosso passado são potencialmente interessantes; não as esconder, partilhá-las é uma forma, isso sim, de as tornar interessantes, quanto mais não seja, perante nós próprios.
Abraço amigo.
Eva
ResponderEliminarantes do que sucedeu, eu já tinha ouvido umas "bocas" (aliás eram de domínio público) sobre o feitio de Ary; mas nunca me passaria pela cabeça, que um bocado de uma noite agradável, na companhia de várias pessoas (sete/oito), pudesse ter outros fins, pois caso contrário, nunca teria ido...
Enfim, um episódio que preferia não ter acontecido.
Beijinho.
Amigo Lampejo
ResponderEliminarquantas pessoas que se distinguiram pelo imenso talento, numa determinada área, não "acarretaram" ao longo da sua vida também essa característica de um "mau feitio"...
Abração.
Tong
ResponderEliminarcompletamente de acordo contigo; aliás, mesmo sem a existência deste episódio, decerto terás tido conhecimento da irascibilidade do poeta.
Abração.
Abraço-te
ResponderEliminarpoucas vezes um poema se adequou tanto a uma situação como este, mas com a particularidade de ter sido escrito por quem usou das expressões reclamadas; é caso para dizer que se voltou o feitiço contra o feiticeiro...
Abraço amigo.
Miguel
ResponderEliminarum só exemplo público ajuda a perceber essas características de Ary: precisamente o intérprete da belíssima canção/poema que aqui se ouve "Cavalo à solta".
Abraço grande.
A queda de um mito doi sempre... requer luto... porque aí deixam de figurar no etério (lugar onde deviam ficar votados... digo eu...) e tornam-se tão humanos quanto nós.
ResponderEliminarEu... embora um bocadinho mais novita... sempre adorei Ary... lembro-me de com pouco mais de 10 anos... quando todos começam a "perceber" palavras eu já me perder nos segundos sentidos de Ary, na sua intensidade.
Se é o resultado de ser neta de comunista, se é resultado de amar música, se é resultado de ser "revoltada" com a minha própria injustiça? Não sei...
Mas sei que agradeço trazeres Ary aqui... e mais ainda as tuas histórias e as tuas memórias... neste caso a tua "sorte" (ou terá sido azar?).
Porque há dias em que sinto que relembro o génio do poeta sozinho, há dias em que acho que, neste mundinho tão desprovido, já poucos têm o "direito" de sentir a injustiça assim.
Obrigada e um beijinho grande,
Olá Izzie
ResponderEliminargostei imenso do teu comentário.
Nele denotas sensibilidade, equilíbrio e alguma introspecção, o que muito me agradou.
E já que falas em mitos, aproveito para dizer que hoje em dia, e a meu ver, mal, vulgarizou-se demasiado esse conceito; para se ser mito é preciso algo de transcendente e é mais frequente conceptualizar tal termo em pessoas mortas, pois é imenso e único, o legado que delas ficou. Ser mito em vida é pois um feito, que muito pouca gente alcança, e Ary, para mim era-o, exactamente pelo que afirmas, pelo significado "enorme" das suas palavras...
E devido a algo alheio a essa genialidade, mas indissociável ao seu autor, pois um mito não deixa de ser um ser humano, esse etéreo como tu lhe chamas desfaz-se para sempre e começa então a separação do ser humano, da genialidade da sua obra.
Beijinho.
Muito bem João!
ResponderEliminarObrigado por partilhares a memória.
Creio que terão sido 2 ou 3 vezes as que encontrei Ary, mas, por sorte (pois partilho da tua opinião sobre o nulo feitiço sexual/sensual que sobre mim poderia algum dia exercer) não fui fruto apetecido.
Mas era brilhante, enfeitiçador, ouvi-lo, ainda que, por vezes, cansativo. Reconhecia que muitas vezes o que dizia não coincidia com o que pensava eu, mas perante o brilho da luz sentia-me sempre reduzido à sombra do silêncio!
Por milagre quando as pessoas se vão levam consigo os seus aspectos de personalidade menos agradáveis, mas deixam-nos o que o seu génio criou.
Abraço
Manel
Sabes o que me lembra este relato? Sempre fiquei pensativo acerca dos poetas que escrevem tão bem sobre a elevação do amor, com palavras que nos guiam e fazem sonhar, e depois na sua vida privada são um fracasso em viver aquilo que redigem. Mas, que mistério é esse? Olha, meu amigo, mais vale não saber escrever coisas bonitas, mas sabe-las evidenciar no relacionamento com outros, seja em que plano for.
ResponderEliminarAbraço rápido, mas com toda a amizade!
Manel
ResponderEliminarcomo sempre és bastante sintético, mas completamente directo e correcto nas tuas observações.
E o final do teu comentário reduz este caso à sua verdadeira dimensão, de caso pessoal, já que, e sem milagre (quem acredita neles?),a morte deixa apenas a lembrança do positivo do ser desaparecido - e ainda bem que assim é!!!!
Abraço grande.
Sócrates
ResponderEliminartalvez seja apenas um acto de inteligência ao "expurgar" de si próprio as reconhecidas fraquezas; quem sabe?
Abraço grande.
É preciso não confundir nunca o homem e o artista...quantas decepções se sofre se o fazemos!
ResponderEliminarQue horror, imagino a humilhação.
ResponderEliminarÉ verdade que a poesia é bela mas isso é uma nódoa de carácter...
Justine
ResponderEliminareu foco bem essa distinção no texto. Continuo a admirar a sua escrita, mas o resto deixou marcas...
Beijinho.
Violeta
ResponderEliminarassim é, mas como bem diz o Leman, e ainda bem, quando as pessoas desaparecem, fica a obra e desaparecem as nódoas, caso as haja...
Beijinho.
Realmente... também já tinha ouvido falar fo mau feitio do Ary...talvez com origem numa grande frustração de um amor não correspondido que, ao que dizem, ele vivia. Mas isto não serve de atenuante ao comportamento que descreves no teu belo texto. Enfim...como já foi dito, uma coisa é a obra, outra o autor. Beijinh@s
ResponderEliminarPara já S.M. saúdo o vosso regresso à blogosfera (já não era sem tempo).
ResponderEliminarO amor dele nunca poderia ser correspondido porque era avassalador, possessivo, violento e doentio (muito aguentou o rapaz...)
Enfim, feitios...
Beijinhos.
obrigado pelas congratulações amigo e espero que tenhas aproveitado o bolo,srrsrs
ResponderEliminarTenha um maravilhoso fim de semana, grande abraço
Glauco
ResponderEliminarbolos desses só aproveito um e está longe, mas daqui por pouco mais de um mês vou comer sim e todos os dias, durante duas semanas, eheheh...
Bom fim de semana para ti também: Aqui é futebol amanhã e eleições locais no domingo.
Abração.
Gostei de ler este teu post...
ResponderEliminarRealmente muitas vezes admiramos a obra de alguém...ou mesmo o trabalho...mas ao aproximarmo-nos da verdadeira intimidade desse alguém cujo trabalho admiramos, conseguimos apanhar grandes decepções...
É a vida...
Abraço
Gostei da forma fílmica do post!
ResponderEliminarConheço muito bem essa rua da foto. Caminho obrigatório para quem quer cortar para a Sé!
Abraço.
Olá Zé
ResponderEliminarassim aconteceu realmente e de uma maneira muito desagradável, a qual não esquecerei jamais.
Abraço grande.
Meu blog
ResponderEliminaruma postagem tem sempre que ter um método de enquadramento para não haver dispersões e repetições; apenas isso.
É curioso que eu, anos mais tarde vivi numa rua com o mesmo nome, na minha cidade natal, a Covilhã.
Abraço amigo.
Pinguim, a força da estrofe final casa perfeitamente com o relatado e não é apenas uma vez que nos deitam a pata em cima e outra forças a fazem quedar-se de outras maneiras. Chega a ser atemorizante a forma como uma coisa se casa com a outra. Gostei tanto do relato teu quanto da poesia. Porém, me apavora um tequinho essa força de palavras a se misturem com gestos. Abraço!
ResponderEliminarRedneck
ResponderEliminaré realmente incrível ir encontrar na poesia de Ary exactamente o "grito" que eu quisera dar na altura. Como já referi foi a leitura deste poema, que desconhecia que despoletou a necessidade de tornar público este relato.
Um abraço forte.
só consigo dzer: UAU! Estou boquiaberto...pessoalmente acho-lhe a obra deveras interessante, mas como individuo/ figura nunca me disse muito, é demasiado extremista, demasiado passional talvez...
ResponderEliminar(já na altura eras poderosoooooo :-D uuuuuhhhh :-D )
Ima
ResponderEliminarusaste um termo perfeito para caracterizar o lado humano de Ary: passional!
Abraço amigo.
E prontos, mais uma das tuas grandes histórias!
ResponderEliminarLevaste um chapadão que de branca não tinha anda a luva!
Até em Ary dos Santos provocaste algo, lol, és um garanhão! ;)
Abraço
P.S. Tenho saudades tuas, lol, e não, não na forma garanhonesca! ;)
Félix
ResponderEliminarhistórias da minha vida que gosto de compartilhar...
Também eu tenho saudades tuas; quando vens até cá?
Abraço grande.
Falar (escrever) de quem já cá não está para se defender é tarefa muito fácil. Longe de mim duvidar que possa haver aqui uma mentira. No entanto e neste caso, gostaria de ter ouvido a versão do "outro lado". Talvez tenha demorado um pouco (pra não dizer muito) a publicar este episódio. E assim poderia até contar aqui o que me aconteceu numa noite em que fui a casa do Michael Jackson .... pena que os mortos não falam ... nem escrevem em blogues.
ResponderEliminarEste comentário é tão estúpido e revela uma cretinice tal que só poderia ter sido escrito sobre a capa cobarde do anonimato.
ResponderEliminarAbstenho-me de fazer mais comentários, apesar de eu receber aqui no blog, de tempos a tempos, comentários anónimos de gente que até penso quem seja; mas "vozes de burro não chegam ao céu"...
Mais me abstenho de pensar o que terás "feito" como o M.Jackson: é lá contigo...
Qualquer outro comentário anónimo sobre este assunto é pura perda de tempo e de imediato te mando para a puta que te pariu.