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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

De Quentin Crisp até à reflexão...

“Sou demasiado homem de todos os homens para ser o único homem de qualquer homem.”
Esta frase pertence a um dos mais admiráveis homens que conheço e admiro, e cuja vida já deu origem a dois filmes notáveis: “The Naked Civil Servant” e “An Englishman in New York”, ambos protagonizados pelo fabuloso John Hurt. Trata-se de Quentin Crisp, um homem que teve a coragem de viver à frente do seu tempo e que foi mesmo provocador, talvez para se vingar das humilhações que sofreu quando jovem, por causa da sua homossexualidade. Aliás o primeiro dos referidos filmes é a adaptação de um livro seu, autobiográfico. Também a música aqui apresentada, é uma homenagem de Sting a este homem e foi o título da canção que deu o nome ao segundo dos filmes.(Aconselho a visão do clip musical, pois é muito bonito).

Mas, eu não venho propriamente falar de Quentin Crisp. Esta frase da sua autoria reflecte de certa forma uma característica que é muitas vezes imputada aos homossexuais – a promiscuidade – mas que é tão visível no mundo gay como no mundo heterossexual. E, se muitos gays são promíscuos também muitos o não são e depois de encontrarem a pessoa certa, poucos o continuam a ser.
O mundo homossexual, nos últimos anos teve grandes alterações; se nalguns países, nomeadamente do Médio Oriente e de África, continua a haver pesadas penas para estes comportamentos, inclusive a pena de morte, na maior parte do mundo, principalmente nos países mais evoluídos, a homossexualidade é vista como um comportamento normal, pois ninguém é homossexual porque quer e a sexualidade de qualquer ser humano só a ele diz respeito.
Mais importante que a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, é a progressiva, mas demasiado lenta transformação das mentalidades. E se ainda há quem continue a ser tão ignorante ou idiota que considere a homossexualidade uma doença, também há uma crescente forma de encarar a situação positivamente e até muita gente tem perdido o medo de assumir não só a sua homossexualidade, mas também, e em muito maior número a sua bissexualidade. Claro que a homofobia continua a reinar, principalmente comandada pelas religiões, mas o alargamento da visão do mundo através do crescimento dos “media” tem levado muita gente, mesmo sem muita cultura a abrir os olhos.
Este fenómeno foi bem visível no documentário que a SIC apresentou a semana passada sobre o casamento de dois homens simples, residentes numa terra simples, e em que os factos nos foram apresentadas com uma naturalidade tocante, que algumas pessoas até acharam piroso, tão piroso afinal como tantos casamentos heterossexuais que se realizam por esse mundo fora…Mas a homofobia estava lá, quando no final da reportagem apareceu a notícia que ambos os homens haviam sido convidados a abandonar o rancho a que dedicaram tanto tempo das suas vidas.
Também na semana passada houve outros factos interessantes sobre a comunidade homossexual; em Espanha e como se esperava, o governo de Rajoy tentou anular a lei aprovada sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e só não teve êxito porque tal lei está na Constituição espanhola e a sua anulação é anticonstitucional; já o mesmo não sucede em Portugal, e um qualquer governo, como este que temos agora, dispondo de uma maioria parlamentar, o poderá fazer. Este apenas não o faz porque o momento de crise é tão grande que ninguém aceitaria discutir esse assunto, nesta altura; e também porque haverá, como sei que há, nos partidos que constituem o governo, gente, que é homossexual, alguns parlamentares e outros não…
Por outro lado o governo francês aprovou a mesma lei, que será decerto apresentada muito em breve ao Parlamento que a aprovará. Passos no mesmo sentido têm sido dados noutros países como no Brasil. Nos EUA, junto com as eleições presidenciais, houve mais três estados que por referendo aprovaram a mesma lei – Maine, Maryland e Washington- sendo já 10 os estados a terem como legal o casamento homossexual (20% do total dos estados americanos).
E ainda mais importante, foi o facto de o presidente reeleito, Obama, ter referido os homossexuais como outros quaisquer grupos de cidadãos americanos, no seu discurso vitorioso.
Também por cá, e sem surpresa, na recente convenção do Bloco de Esquerda, João Semedo referiu a importante colaboração deste partido na aprovação do diploma já referido. Continuamos no entanto com a grande lacuna da não aprovação da adopção por casais homossexuais, embora ela possa acontecer por um homossexual isolado…

Enfim, todas estas considerações, que já vão longas para chegar ao ponto que pretendia: cabe aos homossexuais, e estou a referir-me essencialmente aos portugueses, contribuir para que este caminho de normalidade seja cada vez mais consolidado; não basta “esperar sentado” e aplaudir depois, dentro do gueto em que muitos comodamente se instalaram. Não! É preciso agir, e não digo que seja preciso fazer parte das organizações LGBT, que tanto têm feito no nosso país; basta assumir o seu papel na sociedade, não ter medo de mostrar que se é homossexual, sem andar com uma tabuleta nas costas, mas fazê-lo de uma forma natural, no dia a dia, não tendo medo de dar a cara.
Claro que sair do armário é um processo que nem sempre é fácil, mas o que será melhor? viver de bem com a sociedade, mas sempre com o estigma da mentira, da ocultação e do medo de ser descoberto, ou viver em paz connosco próprios, mesmo que isso nos tire algum conforto temporário?
Um tema para pensar, e muitos dos meus amigos que aqui me seguem terá aqui um motivo de reflexão.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Louco

Eu não queria, (estou a ser sincero), tocar no tema mais falado, (pelos piores motivos), no nosso país, nos últimos tempos – a situação político-económica em que nos encontramos. Falar nisto é além do mais, sujar as mãos, pois quando se fala em determinadas pessoas e em determinadas decisões, decerto ficamos completamente submersos em porcaria.
Mas há limites para tudo, e parece-me que há alguém que atingiu o limite da decência e da racionalidade, tendo nos últimos dias mostrado, que mais do que um político obcecado ou cego, é realmente um ser perigoso, é um louco! E um louco perigoso!
Estou-me a referir a essa figura bizarra, misto de Mr.Bean e de experiência falhada de um Frankenstein de terceira ordem, que se chama Vítor Gaspar.
Já não falo num Passos Coelho, que me parece um títere nas mãos de um deslumbrado com a ambição – Miguel Relvas; nem de um homem que mostra à evidência as limitações que possui para exercer o cargo mais alto da nação – Cavaco Silva. Passo por cima dos detentores de grandes fortunas, desde banqueiros, gestores ou donos de grandes cadeias de híper mercados e ignoro mesmo os subservientes – que os há sempre - e que continuam com os antolhos que usam os muares. Gaspar, que se julga a ele próprio um iluminado, crê em absoluto no experimentalismo político, tipo “terra queimada”, mas de índole direitista e conduz o nosso país para um abismo certo e a curto prazo. Falam as eminências pardas que nos (des)governam que não há alternativas e a única que haverá será a bancarrota. Pergunto eu, se algum dos muitíssimos portugueses que já estão na bancarrota e os muito que para lá caminham, se importarão com essa eventual bancarrota? Eles já lá estão… E, há sempre alternativas, pois o exemplo de uma Islândia, mesmo de uma Irlanda falam por si, e mesmo com situações radicais haverá alternativas. E não esqueçamos que a UE, nomeadamente a zona euro, dificilmente deixará cair um dos seus membros, pois isso seria o começo de uma desagregação que até a Alemanha não deseja – e a Grécia é disso exemplo. Agora que com as últimas medidas, a classe média, nomeadamente a classe média alta, vê começarem a desaparecer as muitas regalias que sempre teve, talvez a contestação vá para patamares que a classe mais baixa e que mais tem sido prejudicada ainda não conseguiu. É imperioso fazer alguma coisa, e curiosamente está nas mãos de um homem a possibilidade de o fazer e já: basta que Portas seja coerente com tudo o que sempre defendeu e diga não a uma paz podre dentro do Governo. E até nem isso seria necessário se tivéssemos na presidência da República, um homem à altura, em vez de um individuo que se tem mostrado mais preocupado em proteger os corruptos amigos das suas relações.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

It was a time...

Alguém me consegue explicar porque razão em 8 de Novembro de 2008, quase 200.000 professores, vindos de todos os pontos do país se manifestaram em Lisboa, exigindo um novo modelo de avaliação e a demissão da então ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues e agora perante uma ameaça real bem mais perigosa de uma redução drástica do número de docentes, com a ida para o desemprego de professores com muitos anos de docência, os sindicatos se limitam a protestos verbais e algumas manifestações locais?
Talvez seja a hora de questionar a essa eminência parda do PCP, Mário Nogueira, que na altura foi o paladino da “grande luta” e que só descansou quando Sócrates saiu do Governo, numa acção concertada entre outros, pelo seu partido e pelos actuais detentores do poder.
Aliás, é altura de perguntar à “real” (como eles próprios se apelidam) esquerda portuguesa porque razão derrubaram o Governo, quando sabiam – toda a gente sabia – que o próximo Governo nos conduziria ao estado em que hoje estamos.
Agora aparecem alguns “analistas” que consideram que se está a fazer um cerco a um ministro – Relvas, que tem feito asneiras de alto calibre, no que respeita a governação e que é realmente quem governa o país, e esquecem todo o vilipêndio exercido sobre José Sócrates, ao longo de anos.
E até há quem considere que o culpado da “brilhante” licenciatura do ministro seja culpa não dele, mas sim do governo de Sócrates.
Ao que isto chegou…
Valha-nos "Deus", que ainda há quem tenha a coragem de chamar os bois pelos nomes.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Words I like

Esta semana é aquela onde se comemora um pouco por todo o lado o chamado "Orgulho Gay" (Pride), pois é o aniversário da revolta e da consequente repressão que se verificou a 28 de Junho no bar "Stonewall" em Greenwich Village (Nova York).
No nosso país, em Lisboa, realizou-se no sábado passado a Marcha e amanhã o Arraial, no Terreiro do Paço; gostaria que, como nas principais cidades do mundo os dois acontecimentos fossem na mesma data, mas assim não acontece. Lá estarei, para rever amig@s e passar um pouco da noite, bem disposto.
Entretanto já aqui afirmei o meu recente entusiasmo pelo "Printrest" e vou trazer aqui ao blog diversas imagens que fazem parte dos meus boards, e hoje, porque está na altura própria, seleccionei do board "Words I like", da minha página, algumas frases relacionadas com o mundo gay e a homofobia que o rodeia









sábado, 23 de junho de 2012

Quando a música é Vida...

Partilhei este vídeo no Google+, onde foi publicado pelo José Carlos (Felizes Juntos).
E pensei que um vídeo assim, deveria ter uma partilha mais ampla. Daí a fazer um post dele.
Por favor, não se abstenham de o ver por ser de 12 minutos de duração (sei que isso afasta muita gente), pois ao fim da sua visão sentir-se-hão muito mais felizes.
Há coisas lindas no mundo, apesar do que eu disse (e mantenho) no post anterior...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Um mundo novo

É cada vez mais recorrente no meu pensamento o facto de estarmos, e não me refiro só ao que se passa em Portugal, ou na Europa, mas em todo o planeta, a assistir a uma destruição da Vida.
Sim, falo do ambiente, mas não só;  falo da subjugação económica a interesses cada vez mais obscuros, da imensa e cada vez mais profunda desigualdade social, do desrespeito pelos valores maiores que o ser humano deve ter como base, enfim de um mundo que caminha para o abismo sem querer perceber que pode e deve parar…
Está na nossa vontade, no nosso empenho, na nossa força, como habitantes deste planeta, não nos demitirmos de ter uma parte activa nesta desconstrução da felicidade, pois é disso que se trata.
Assistimos a uma progressiva diminuição de competências políticas, à ausência de gente com carisma, e o mundo é regido cada vez mais por complexas e nebulosa teias de interesses que lentamente asfixiam as liberdades humanas.
É tempo de parar. É tempo de dizer basta. É tempo de um “Novo Mundo”.
Porque, apesar de tudo, resta sempre a esperança, porque a música nos acalma, nos ajuda e nos faz reflectir, pois haja música.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

"Penélope"...e algumas considerações sobre a Cultura

Voltei ao teatro, pois teatro é Cultura e o ser humano, sem Cultura morre...
Fui ver mais um espectáculo dos Artistas Unidos, no Teatro da Politécnica, de seu nome "Penélope", da autoria do irlandês Enda Walsh, numa encenação de Jorge Silva Melo.
São quatro homens apenas e falam entre si sobre tudo e nada, mas principalmente sobre salsichas, num cenário tremendamente kitsch, de uma sinceridade brega tão verdadeira que nos cega e nos comove.
«A mente é um balde de enguias» é uma das muitas tiradas humorísticas do texto, uma das marcas firmes de Enda Walsh, autor da peça, numa adaptação de Jorge Silva Melo. Estamos perante um espectáculo fascinante, de deixas acutilantes e ricas de uma comédia repleta de subterfúgios muito explícitos.
A conversa mantém-se animada, recordando o momento em que recebem a barbacoa — objecto central do palco — de remetente indefinido, e descobrindo mais tarde que partilharam do mesmo sonho na noite anterior: a tal barbacoa a arder, anunciando a morte. É com este pretexto que surge o nome de Penélope (Joana Barros) pela primeira vez. Em momentos repetidos, os quatro (João Vaz, José Neves, Pedro Carraca e Pedro Luzindro) apresentam estratégias distintas para conquistar Penélope, «um amor inconquistável» e que não se deixa levar pelas fracasdeclarações de quatro fracos humanos. Em vão.
À medida que a trama se desenvolve, é visível a mutação das personalidades distorcidas de cada um deles, e a morte vem ao de cima através de uma epifania.
Estes são os quatro sobreviventes entre quase cem, vivendo no fundo de uma piscina à espera de conquistar Penélope.
As interpretações são seguras e saliento dentro todas a de Pedro Carraca.

A sessão a que fui era a uma hora pouco habitual - 19 horas - mas muito convidativa; no entanto, comigo éramos 7 os espectadores...
Pois, a Cultura de que falo no início, perante a crise, "apaga-se", e esse apagão não é só da parte do público, que terá mais onde gastar o pouco que tem, (embora o preço do bilhete fosse apenas de 5 euros), mas principalmente de quem deve zelar por ela, a nível nacional.
A Cultura, de há muito a esta parte, tem sido sempre o "patinho feio" dos governos sucessivos, a ponto de um deles ter tido como respectivo secretário de estado, um inenarrável Pedro Santana Lopes que até conseguiu pôr Chopin a tocar violino...
Mas, no actual Governo e com a austeridade que o comanda está a atingir-se a estaca zero para a Cultura, sem apoio no cinema, sem comparticipação para as companhias de teatro, no desleixo nos museus, eu sei lá...
Esta continuada política de falta de apoio à cultura já levou para fora do país nomes como Helena Vieira da Silva, Paula Rego e Maria João Pires, entre outros.
Somos assim tão ricos que culturalmente nos possamos permitir esta situação?
Para cúmulo, perdemos no espaço de uma semana dois vultos importantes da nossa Cultura: o cineasta Fernando Lopes e o músico Bernardo Sasseti.
Não menosprezemos a Cultura, pois a Cultura não é elitista, há cultura num Grupo Folclórico, como numa companhia de teatro amador. Direi mais e numa perspectiva subjectiva a cultura (não a Cultura), é tão importante que ela é responsável pela falência de tantas relações afectivas, como os factores sexuais, por exemplo. Quantas relações não terminam porque as duas pessoas não se entendem culturalmente?

E deixo-vos com dois vídeos exemplificativos do que é a Cultura; dois exemplos muito diferentes, mas ambos magníficos, um na música, outro na sétima arte.






sábado, 2 de junho de 2012

Etiquetas

Sim, com isto e ainda com muitas mais coisas, se etiqueta a vida dos homossexuais. É destes clichés que se alimentam as homofobias que por aí capeiam.
E o pior é que mesmo aqueles que apenas desconhecem a realidade da vida dos homossexuais, das suas dificuldades no dia a dia, na sua boa fé, acreditam nestas "verdades" e fazem os seus juízos de valor e não conseguem discernir a mais simples das realidades: ninguém escolhe ser homossexual!
Os preconceitos existem porque são criados,não nascem sem ser semeados...

Num dos comentários recebidos relativos a esta postagem, o do André Benjamim, é contada, na íntegra uma história real que aconteceu no Brasil, não há muito tempo e cuja descrição completa veio publicada num artigo da revista "Época". Aqui deixo o link da postagem do André, e vão ler a história do Pedro e do João, que não darão por mal empregue o tempo  http://thoughloversbelostloveshallnot.blogspot.pt/2012/06/historia-de-pedro-e-joao.html

Fora do contexto, há dois ou três dias que não visito os vossos blogs,mas "vou tratar disso", embora eu nem queira olhar para o Google Reader...

quinta-feira, 31 de maio de 2012

"Shake the dust"

Este vídeo é muito simples; mostra-nos um homem a falar connosco, a falar de nós e para nós.
Pode parecer entediante, não tem música, são só palavras...mas são palavras que se ligam umas às outras de uma forma coerente e que ganham uma enorme força pelo modo como este homem as comunica, no tom de voz, nos gestos, na expressão...
Arrebatador, convence-nos mesmo a "limpar a poeira"!


This is for the fat girls.

This is for the little brothers.

This is for the school-yard wimps, this is for the childhood bullies who tormented them.

This is for the former prom queen, this is for the milk-crate ball players.

This is for the nighttime cereal eaters and for the retired, elderly Wal-Mart store front door greeters. Shake the dust.

This is for the benches and the people sitting upon them,

for the bus drivers driving a million broken hymns,

for the men who have to hold down three jobs simply to hold up their children,

for the nighttime schoolers and the midnight bike riders who are trying to fly. Shake the dust.

This is for the two-year-olds who cannot be understood because they speak half-English and half-god. Shake the dust.

For the girls with the brothers who are going crazy,

for those gym class wall flowers and the twelve-year-olds afraid of taking public showers,

for the kid who's always late to class because he forgets the combination to his lockers,

for the girl who loves somebody else. Shake the dust.

This is for the hard men, the hard men who want to love but know that it won't come.

For the ones who are forgotten, the ones the amendments do not stand up for.

For the ones who are told to speak only when you are spoken to and then are never spoken to. Speak every time you stand so you do not forget yourself.

Do not let a moment go by that doesn't remind you that your heart beats 900 times a day and that there are enough gallons of blood to make you an ocean.

Do not settle for letting these waves settle and the dust to collect in your veins.

This is for the celibate pedophile who keeps on struggling,

for the poetry teachers and for the people who go on vacations alone.

For the sweat that drips off of Mick Jaggers' singing lips and for the shaking skirt on Tina Turner's shaking hips, for the heavens and for the hells through which Tina has lived.

This is for the tired and for the dreamers and for those families who'll never be like the Cleavers with perfectly made dinners and sons like Wally and the Beaver.

This is for the biggots,

this is for the sexists,

this is for the killers.

This is for the big house, pen-sentenced cats becoming redeemers and for the springtime that always shows up after the winters.

This? This is for you.

Make sure that by the time fisherman returns you are gone.

Because just like the days, I burn both ends and every time I write, every time I open my eyes I am cutting out a part of myself to give to you.

So shake the dust and take me with you when you do for none of this has never been for me.

All that pushes and pulls, pushes and pulls for you.

So grab this world by its clothespins and shake it out again and again and jump on top and take it for a spin and when you hop off shake it again for this is yours.

Make my words worth it, make this not just another poem that I write, not just another poem like just another night that sits heavy above us all.

Walk into it, breathe it in, let is crash through the halls of your arms at the millions of years of millions of poets coursing like blood pumping and pushing making you live, shaking the dust.

So when the world knocks at your front door, clutch the knob and open on up, running forward into its widespread greeting arms with your hands before you, fingertips trembling though they may be.

Written and performed by Anis Mojgani

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Dia Internacional Contra a Homofobia

Hoje é o Dia Internacional contra a Homofobia

É preciso que os políticos, cada vez mais assumam esta luta, não só no Parlamento ou na Comissão Europeia, mas também e principalmente na aprovação de leis apropriadas nos seus países.
Não queremos, no nosso país, ouvir mais vozes como as de Isilda Pegado, João César das Neves ou António José Saraiva...

Mapa europeu dos direitos gay
Que gradua os países numa escala de 30 (direitos plenamente adquiridos) até -12 (graves implicações dos direitos humanos); curiosa a posição de países como a França, e principalmente, a Itália.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

E agora, Europa???

Ontem houve várias eleições, na Europa.

Umas mais importantes que as outras e umas que podem vir a se verdadeiramente importantes, a curto prazo, para o nosso país.

Deixando essas para o fim, ou seja as presidenciais em França e as legislativas, na Grécia, referir que houve outras eleições menos importantes, mas com algum significado em três países comunitários: no Reino Unido, na Itália e na Alemanha; e curiosamente o único resultado agradável para a chanceler alemã foi o seu, pois que é evidente que o povo alemão não sente ou sente menos a crise.
Tanto na Itália como no Reino Unido, os resultados foram bem contrários aos governos actuais desses países, mostrando o descontentamento do povo.

Houve também, extra EU, eleições na Sérvia, a que eu dou realce, naturalmente, por ser o país do Déjan e eu estar mais ou menos por dentro da política daquele país que eu muito gosto. Foram eleições presidenciais, legislativas e autárquicas. Quanto às presidenciais, como era esperado os dois principais candidatos, o actual presidente, Boris Tadic, do Partido Democrático (esquerda moderada)
e o líder da oposição, Tomislav Nikolic, do Partido Progressista (centro direita), vão disputar dentro de duas semanas uma segunda volta, sendo de esperar a reeleição de Tadic, que por ora teve uma ligeira vantagem sobre o seu adversário. Nas legislativas houve quase um empate técnico entre estes dois partidos, pelo que tudo ficará na mesma e a médio prazo a Sérvia integrará a EU.

Passando agora às eleições francesas, pela primeira vez, um presidente não é reeleito para um segundo mandato; Sarkozy pagou caro o seu apoio incondicional a Ângela Merckl e quem beneficiou foi um candidato que há um ano atrás ninguém pensaria poder vir a ser o candidato dos socialistas. François Hollande,
até agora uma personalidade algo parda do PS francês, viu mesmo nas últimas eleições ser designada a sua então esposa Ségolène Royal como candidata que perdeu para Sarkozy e este ano só as aventuras sexuais do ex-presidente do FMI, Strauss-Kahn, o levaram a ser candidato. No entanto fez uma boa campanha, tendo sabido gerir o descontentamento para com Sarkozy a seu favor, tendo tido uma aliada “contra natura”, a líder da Frente Nacional, Marine Le Penn, menos agressiva que o seu pai e que, caso falhe Hollande será uma candidata muito séria para novas eleições presidenciais. Hollande já fez saber que não está de acordo com a política de demasiada austeridade determinada pela Alemanha e não será pau mandado de Merckl. Mesmo em relação a Portugal, numa entrevista dada a 1 de Maio ao correspondente da RTP, afirmou não concordar com a demasiada austeridade sem crescimento económico no nosso país. Um bom sinal foi já dado de que logo que tome posse, diminuirá o seu salário e o dos seus ministros em 30% e haverá um tecto salarial para altos dirigentes públicos; sim, isto também é austeridade, mas é uma boa austeridade. Não é fácil a sua tarefa, mas eu quero acreditar que François Hollande poderá vir a ser uma boa surpresa, para bem da Europa e de Portugal, é óbvio. Ainda neste mês ele será posto à prova em reuniões importantes, quer na EU, quer nos G8.

Quanto à Grécia, as coisas estão deveras complicadas e há uma séria ameaça de que o país esteja em breve numa situação de ingovernabilidade.
Como se esperava, os dois partidos que nos últimos anos têm governado o país foram severamente castigados, mais o PASOK que a Nova Democracia, que apesar de ter o seu pior resultado eleitoral de sempre, ainda foi o mais votado. Não vai ser fácil chegar a um entendimento para formar governo, pois houve uma subida grande dos dois partidos extremistas, o SYRIZA, de esquerda e o Amanhecer Dourado, da direita (neo nazi). Qualquer destes dois partidos se opõe totalmente às medidas obrigadas a tomar pela troika ao povo grego e mesmo os outros dois partidos, na sua campanha prometiam um aliviar da austeridade. Sendo o SYRIZA o segundo partido mais votado, à frente do PASOK, tudo está muito confuso e é uma situação que vai criar possivelmente muitos problemas à EU. Durão Barroso e a senhora Merckl que se cuidem, pois até pode vir a ser decretada a curto prazo a saída da Grécia da zona euro.

Enfim, dias de grande expectativa, mas decerto de mudança na Europa comunitária. Entretanto Passos Coelho e a sua equipa de tecnocratas, estão cada vez mais isolados na sua política de obediência cega aos ditames dos sistemas financeiros de mercado que realmente nos governam…

terça-feira, 1 de maio de 2012

1º. de Maio

Em 1974 foi assim
Uma festa de um povo inteiro.
E hoje?
Um povo aflito, temeroso da situação a que foi levado, até já não protesta, quase resignado; e pior, quase ameaçado de se manifestar, pois a "convulsão social" não dá uma boa imagem do país às entidades económicas que na realidade nos governam.
Um país que tem um governo que promete coisas para um ano em que a sua legislatura já findou...
Precisamos, mais que nunca de um novo 1º.de Maio, porque hoje muita gente não goza o dia do trabalhador, pois é obrigado a trabalhar.
Uma vergonha!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Uma ideia...um desafio!


Pode ser uma ideia um pouco despropositada, mas lanço-a aqui, para ver o acolhimento que tem.
Infelizmente o tempo chuvoso impediu-me, a mim, e a muita gente de ir à manifestação comemorativa do 25 de Abril. Espero que no próximo dia 1 de Maio, as rezas da Cristas a pedir chuva não tenham sucesso e esteja um dia bom.
E a ideia é, combinar com toda a gente que conhecermos da blogosfera e que tencione ir à manifestação (refiro-me à de Lisboa, mas outros poderão fazê-lo noutras cidades), um ponto de reunião para nos encontrarmos e participar juntos nessa jornada de comemoração e de luta. Não sugiro nenhum ponto, mas gostaria que alguém o fizesse, de preferência perto do início da manifestação, mas num ponto facilmente referenciável. Seria ao mesmo tempo, uma forma simpática de alargarmos o conhecimento real ao conhecimento virtual.
Fica lançado o desafio…

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Portas de Abril

Quis o destino marcar o dia 24 de Abril como a data do adeus prematuro de Miguel Portas à vida que ele sempre viveu com a intensidade própria de um Homem plenamente convicto dos seus ideais de esquerda. Não chegou ao dia em que se comemoram 38 anos de uma data que não pode jamais ser esquecida, não só por quem a viveu, mas também por quem teve a felicidade de enfrentar a vida já em Liberdade.
Infelizmente, a maior parte das pessoas que hoje têm menos de quarenta anos e que são a força vital da nação, pouco ligam à data ou voluntariamente ou por desconhecimento, o que não os desculpa, pois é da mais elementar forma de cultura saber o que representou e representa para Portugal uma data que acabou com uma ditadura de quase 50 anos e devolveu ao povo português o orgulho nacional.
Ainda mais lamentável é assistir hoje à destruição sistemática dos valores instituídos pelo 25 de Abril, no dia a dia, e por parte de pessoas com responsabilidades governamentais que estão a levar o povo português a um estado de descontentamento como só Há paralelo antes dessa data.
Sim, há liberdade e democracia, caso contrário eu não estaria aqui para falar desta maneira, mas que dizer quando nas vésperas da celebração desta data, vem o Governo ameaçar estar atento a todos os actos potencialmente violentos decorrentes dessas celebrações: estarão com medo de que haja um novo 25 de Abril? Talvez isso seja necessário, sim, não como clama o eterno palhaço Otelo, mas nas consciências de todo o povo português que vê serem-lhe cerceadas todas as oportunidades de uma vida decente e digna, com um empobrecimento cada vez mais assustador das classes mais desfavorecidas, com o aniquilar de uma classe média que é o motor do desenvolvimento económico da nação e sobretudo com a manutenção e até enriquecimento da classe dos que tudo têm e que sempre querem mais, não cedendo um palmo dos privilégios adquiridos.
Esta desigualdade social que tem sido um dos grandes pilares da política deste governo, não é emanada de qualquer compromisso que se tomou com as entidades que realmente agora governam o país, mas sim uma vontade própria deste governo, perante a passividade quando não, mesmo a complacência do pior Presidente da República que Portugal já teve desde1974.
Tudo isto está na base na decisão, quanto a mim justa, da Comissão dos Militares de Abril de não estarem presentes nas comemorações oficiais deste dia, já que quem nos governa não está senão a fazer uma encenação de comemorar uma data que realmente não sente como sua. E há ainda a desfaçatez, quando não a pequenez política de um Primeiro Ministro a falar em termos pouco edificantes de pessoas a quem devia, pelo menos institucionalmente mais respeito e que dele não recebem qual quer lição: Mário Soares e Manuel Alegre.
Por tudo isto, Miguel Portas partiu ainda na data das trevas políticas deste velho país, data a que os actuais governantes parece quererem que Portugal volte, pese embora queiram mostrar uma face que não possuem e que Miguel Portas tinha e nunca hesitou mostrar: coerência política!




A primeira foto foi tirada do blog "WEHAVEKAOSINTHEGARDEN".


©Todos os direitos reservados A utilização dos textos deste blogue, qualquer que seja o seu fim, em parte ou no seu todo, requer prévio consentimento do seu autor.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Clip hipócrita

Basta de brincar à "caridadezinha"...


Custa-me bastante ver neste grupo certas pessoas, pois no seu todo, este clip é um nojo.

domingo, 18 de março de 2012

A máscara

Não é, nem de longe, o meu tipo de pessoas; nunca me despertaram ou despertarão algum tipo de desejo.
Até posso confessar que já por várias vezes condenei um certo "folclore" deste género de pessoas, nomeadamente, nos desfiles do "orgulho gay". Mas também sempre os respeitei e até admirei por terem a coragem de ser, ou procurarem ser aquilo que não são.
Mas, deparei com este filme peruano, uma curta metragem protagonizada por um homem, com uma tão grande e vincada humanidade, que quase me comoveu.
E não resisti em partilhar este vídeo, de certa forma, uma homenagem e um apoio a uma parte da comunidade LGBT que tem sido tão esquecida e que agora se tem discutido, por causa das leis sobre a identidade do género.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Para os saudosos...

Parece que anda por aí muita gente com saudades da ditadura; mesmo políticos "democraticamente encapotados"...
Alguns, saudosos das benesses que nunca perderam na realidade; muitos outros, a maior parte, porque nunca viveram sob uma ditadura mesmo.
Sendo assim, aqui está uma solução

sexta-feira, 9 de março de 2012

Shame no more

Se a realidade fosse assim ? Interessante pensar de forma empatica, como se os problemas alheios fossem os nossos problemas.

sábado, 3 de março de 2012

"Earth Song"

Há quem seja de opinião de que o melhor clip de Michael Jackson é o "Thriller"; mesmo há quem o eleja o melhor clip musical de sempre.
Não pondo em causa o valor e mérito do referido clip, peço perdão mas prefiro este, por tudo o que mostra e principalmente pelo que nos faz pensar: um assombro.