


Quando nos despedimos em Milão a 3 de Novembro passado, o Déjan e eu tínhamos já uma data e um local para o novo reencontro, como sempre fazemos, antes de nos separarmos, o qual seria a 2 de Fevereiro, novamente em Belgrado; estava a aguardar Dezembro, com o subsídio, para a compra do bilhete.
É então que começa a série de azares: um problema “renascido” e que espero poder daqui a pouco tempo aqui contar, fez com que a prudência vencesse o coração; falei com o Déjan e chegámos à conclusão que seria melhor combinar outra data, quando houvesse melhores condições financeiras; mas foi grande a desilusão de ambos, pois os 3 meses de separação iriam ser alargados.
Dias depois, o pai dele chega a Belgrado, vindo de Zadar, na Croácia, para passar uns “dias” ali, e ainda lá está, parece que até a daqui a duas semanas; a 4 dias do Natal adoece súbita e gravemente uma irmã minha, que impossibilitaria, até hoje, a minha deslocação para fora do país.
Quer isto dizer que nem uma, nem duas, mas três razões obstaram a que não pudesse abraçar o Déjan para já; como estas várias situações me abalaram muito, é lógico que a necessidade de um ombro onde chorar, e de uns braços a apertarem-me fortemente se tem acentuado gradualmente, tal como uma espiral…
Hoje, 1 de Fevereiro, se tudo tivesse corrido normalmente, partiria para Colónia, e amanhã, abraçar-te-ia, meu amor!
Resta-me esperar que este período negro da minha vida passe e ainda consiga comemorar pela primeira vez contigo, o meu aniversário a 23 de Março; até porque se assinala então o final deste Inverno do nosso descontentamento. As fotos, lindas, de Belgrado, são de um dos nevões deste “rigoroso Inverno".