quarta-feira, 6 de maio de 2009

O tamanho...


Pois, é completamente verdade: o "tamanho" não importa!!!!
Mas, na política norte-americana, talvez seja diferente...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Duas palavras





Duas palavras de que não gosto: Hipocrisia e desprezo!
Detesto gente hipócrita e dou-lhes a única resposta possível: DESPREZO!

domingo, 3 de maio de 2009

Mãe





















Mais de sessenta anos de amor!!!

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Ivri Lider

I kissed a girl





« Aluf Ha'Olam »

Ivri Lider é um dos mais conhecidos músicos israelitas da actualidade; além de excelente intérprete é também compositor e pertencem-lhe as bandas sonoras dos três filmes mais conhecidos de Eytan Fox: “Walk on the Water”, “Yossi &Jaguar” e “The Bubble”; tal como o realizador destes filmes, Ivri Líder é homossexual tendo-se assumido publicamente como tal em 2002. Aliás, nestes três vídeos aqui apresentados essa sua faceta está bem patente, em dois deles no decorrer do clip e no outro através da letra; destaco o forte homo-erotismo do último vídeo.Em próxima entrada, mostrarei os vídeos de Ivri Lider  respeitantes aos filmes supracitados.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

A tropa cá do João 14 - (Moçambique 8)

A minha Companhia chegou a Nampula de comboio, vinda de Nova Freixo. Foi a única vez que andei de comboio em Moçambique e foi seguramente das vezes mais bizarras que utilizei aquele meio de transporte.
Estávamos felizes por ver aproximar-se a hora em que a guerra findaria para nós. 

Sendo Nampula a capital militar de Moçambique, onde estava sediado o Quartel General, nunca ali houve em permanência uma Companhia operacional, pois a guerra fazia-se no mato, longe das cidades. Mas é preciso notar que eu chego a Nampula em Setembro de 1974, quando já prosseguiam abertamente as negociações de paz com a Frelimo (já havia oficiais nacionalistas hospedados na messe de oficiais) e começava a manifestar-se nas grandes cidades, principalmente na Beira, mas também em Lourenço Marques e Nampula, uma cada vez mais activa oposição da população branca ás directivas emanadas de Lisboa (via M.F.A.), sobre a independência de Moçambique, através da Frelimo;  na Beira dominava Jorge Jardim que advogava para a antiga colónia portuguesa uma solução do tipo rodesiano, isto é, uma independência governada pelos brancos moçambicanos e que tinha o apoio do Malawi de H. Banda.

Esta hostilidade coincidia com os acontecimentos que na metrópole levaram à queda e fuga de Spínola (28 de Setembro). O momento mais grave foi a tomada  pelos brancos do Rádio Clube de Moçambique em L.Marques e também da sua delegação em Nampula.

Foi então que o Comandante Chefe, que tinha substituído Kaulza de Arriaga, me chamou ao Q.G. e me ordenou, assim sem mais explicações, que levasse a minha Companhia para o aeroporto da cidade para o defender de uma eventual tentativa de assalto pela população branca;
eu, um simples capitão miliciano, que estava farto de tropa até à raiz dos cabelos e apenas com a experiência de 2 anos de guerra, e no mato, a receber uma ordem destas de um general, chefe máximo militar do território; fiquei perplexo e com uma calma da qual ainda hoje me admiro, pedi licença ao senhor general para me ouvir numa pequena explicação; disse-lhe então que a minha Companhia era da guarnição local, isto é, constituída por negros, enquadrados por alguns oficiais e sargentos brancos, a maioria deles oriundos da população branca moçambicana (algo que o senhor general deveria saber, mas parece tinha esquecido, ou não sabia mesmo);  e que mandar uma Companhia deste tipo para precaver um eventual confronto com a população branca seria bastante imprudente, mas claro que se o senhor general insistisse na ordem, eu iria, mas com essa ordem por escrito e nunca verbalmente; confesso que esperei o pior da sua reacção, mas no estado de desgoverno em que tudo estava, sentia-me com coragem para reagir assim. O homem, que não queria assumir a tremenda asneira em que tinha caído, depois de pensar um pouco, perguntou-me se eu não conseguia seleccionar um punhado de homens de confiança que fossem acompanhar nesse objectivo uma Companhia de Comandos, acabada de chegar a Nampula, para o que desse e viesse; respondi-lhe que sim e dentro de uma hora lhe indicaria quantos homens iriam com os Comandos – escolhi SEIS homens entre os 2oo sob o meu comando e eu, claro; ele aceitou sem pestanejar, mas disse-me que eu não iria pois deveria ficar de prevenção nessa noite no Q.G. para comandar o resto da Companhia , noutra situação, caso fosse necessário.

Foi uma noite de muita agitação e ansiedade, com toda a tropa disponível em Nampula a ficar de prevenção, mas a rebelião foi sanada sem grandes danos. Não aconteceu nada no aeroporto mas assisti a alguma confusão junto ao R.C.M., que a população tinha tomada e do qual teve que ser desalojada à força, com episódios pouco edificantes, como o uso de bebés como escudos por parte da população branca, tendo visto um alferes tirado à força uma criança dos braços do pai, e depois de a colocar em segurança, ter socado com “delicadeza” o pai para abrir caminho…

 

Entretanto dias mais tarde, deu-se a desmobilização da Companhia e lá fiquei eu, sozinho, a tratar da burocracia, ou seja fazer a “entrega” da Companhia nos diferentes departamentos militares; foi-me dada uma folha (que ainda hoje guardo algures), onde ia coleccionando  carimbos de todos esses serviços atestando que tudo estava bem; uns mais fáceis, outros mais difíceis, lá fui fazendo esse trabalho chato e demorado, até que fiquei pendente de apenas um carimbo: o da Chefia Geral da Intendência, pois descobriram uma irregularidade nas contas, dos bens que havia na Companhia, uma diferença de cerca de 70 contos, na altura; eu detectei que o erro já vinha do capitão anterior a mim, e embora concordando com a evidência das datas, não me queriam liberar alegando que eu deveria ter visto esse erro, quando me passaram a Companhia para as mãos; ora eu, um milicianozeco, impreparado em Mafra para essas questões fui bem enganado pelo sabido capitão do quadro que fui render.

Comecei a andar num sobressalto, todos os dias a ver partir para Portugal pessoas que conhecia e eu ali à espera de uma resolução, que tardava; cheguei a pôr a hipótese de pagar do meu bolso a importância em causa, pois aproximava-se o Natal e seria o terceiro consecutivo longe da família, e só o não fiz porque o meu Pai o não o permitiu, alegando e bem, que com isso era como que assumir a culpa e que era eu que tinha desviado o dinheiro. 

Farto de me fardar todos os dias só para saber se havia novidades, que jamais surgiam, um dia apareço no Q.G. e comunico que ia para a Ilha de Moçambique passar uns dias e me contactassem se algo de novo surgisse; passasadas duas semanas de praia e de bom marisco, recebi a ansiada notícia de que me podia ir embora, pois tinha sido desbloqueada a situação.

Cheguei a Lisboa a 17 de Dezembro de 1974, no dia em que os meus pais festejavam o aniversário do seu casamento.

A guerra tinha acabado para mim; passei à disponibilidade no dia 15 de Janeiro de 1975 e na semana seguinte partia para Londres a gozar uma bem merecida semana de férias.

 

Assim findam estas crónicas a que dei o nome de “A tropa cá do João”; tenho pena de não ter recuperado dois capítulos dessas crónicas, quando me apagaram o blog; um deles, por registar um caso muito pontual, poderei reescrevê-lo; o outro, confesso não saber exactamente o que lá estava incluído…


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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Philippe Jaroussky



Há muito que andava com vontade de mostrar um vídeo deste jovem contratenor, Philippe Jaroussky, que é fantástico neste difícil e pouco frequente tipo de voz.
Esta é uma ária da ópera "Orlando Furioso" de Vivaldi.

sábado, 25 de abril de 2009

Um de nós

Falar do 25 de Abril, 35 anos depois pode ser apenas repetir palavras ano a ano; mas pode ser muito mais que isso. Para a geração que viveu essa data e que nela viu a esperança de acabar de vez com um período obscuro da nossa História recente, jamais este dia pode significar apenas uma data: significa o anseio de uma vida!

Eu não estava em Lisboa em 25 de Abril de 1974, estava tão longe, que nem soube nada do que aqui se passou nesse dia; apenas no dia seguinte, ao regressar de uma operação na mata moçambicana tomei conhecimento dos acontecimentos e de uma forma pouco esclarecida; mentiria se não pensasse que além de um findar de um ciclo, isso representaria, no plano pessoal, um regresso antecipado a casa, ao meu país e ao findar de uma guerra que me foi imposta e que nunca reconheci como “minha”.

Agora, passados 35 anos, noto com tristeza, sobretudo o alheamento das gerações mais novas ao significado do que aconteceu nesse dia. Nasceram em Liberdade, não tiveram que lutar por ela…

E, embora reconhecendo o contributo de várias figuras por demais conhecidas, quer da esfera militar, quer da esfera política, penso que todo o espírito do 25 de Abril se corporiza num homem, num homem simples, que nunca gostou de protagonismo, mas que foi o grande protagonista dos acontecimentos vividos nesse dia: Salgueiro Maia!

Com coragem, opôs-se a uma resistência militar; com determinação soube o que devia fazer; com equilíbrio geriu a difícil situação do Carmo, e depois de cumprida a sua tarefa deixou a ribalta!

Quis o destino que a morte o levasse cedo, mas enquanto foi vivo, sempre dispensou honrarias e distinções: afinal era apenas um de nós!

Um magnifico exemplo.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

"A Marselhesa"



Recebi por mail este vídeo com uma das cenas mais dramáticas do conhecido filme de Michael Curtiz "Casablanca"; apesar de terem ficado mais na memória outras cenas, como a melodia "As time goes bye" ou a despedida final no aeroporto, esta interpretação da "Marselhesa" abafando a canção nazi é extraordinária...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Passado e presente 12: "Cesário...hoje"


Que os rios, sim, que como touros mugem,

Transbordando atulhassem as regueiras!

 Chorassem de resina as laranjeiras!

 Enegrecessem outras com ferrugem!

 

As turvas cheias de Novembro, em vez

 Do nateiro subtil que fertiliza,

 Fossem a inundação que tudo pisa,

 No rebanho afogassem muita rês!"

 

Cesário Verde, in "nós" (O Livro de Cesário Verde)


(Publicado no meu desaparecido blog em 25 de Novembro de 2006)

 

domingo, 19 de abril de 2009

Loop


Para quem não conhece o conceito de loop, aqui fica claro o que  significa quando se diz que um programa de computador "entrou em looping".

O diretor disse à secretária:
- Vamos viajar para o exterior por uma semana, para um Seminário. Faça os preparativos da viagem!

A secretária faz uma chamada para o marido:
- Vou viajar para o exterior com o diretor por uma semana. Se cuida, querido.

O marido liga para a amante:
- Minha mulher vai viajar para o exterior por uma semana, então nós vamos poder passar a semana juntos, meu docinho!

A amante liga para um menino a quem dá aulas particulares:
- Tenho muito trabalho, na próxima semana não precisa vir às aulas.

O menino liga para o seu avô:
- Vô, na próxima semana não tenho aulas, a minha professora estará ocupada. Vamos passar a semana juntos?!

O avô (que é o diretor desta história) liga para a secretária:
- Vou passar a próxima semana com o meu neto, então não vou participar daquele Seminário. Pode cancelar a viagem.

A secretária liga para o marido:
- O diretor da empresa mudou de idéia e acabou cancelando a viagem.

O marido liga para a amante:
- Não poderemos passar a próxima semana juntos, a viagem da minha mulher foi cancelada.

A amante liga para o menino das aulas particulares:
- Mudança de planos: esta semana vamos ter aulas como normalmente.

O menino liga para o avô:
- Vô, a minha professora disse que esta semana tenho aulas.
Desculpe-me, não vai dar para fazer-lhe companhia.

O avô liga para a sua secretária:
- Meu neto acabou de dizer que não vai poder ficar comigo essa semana.
Continue com os preparativos da viagem ao seminário!

Entendeu o que é loop?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Viagens

Esta Páscoa rumei até à minha cidade, Covilhã, para passar estes dias com a minha família, nomeadamente com a minha Mãe, pois as últimas visitas (no Natal e em Fevereiro) tinham sido difíceis, principalmente a última, para o funeral da minha irmã. Fui de comboio, cómodo e descansado e já lá fui almoçar na sexta feira; encontrei a minha Mãe bastante melhor, pois ela é uma mulher forte como poucas e estava naturalmente satisfeita com a minha visita. Fui até ao Shopping, espécie de Colombo de uma cidade pequena, fui-me cruzando com pessoas que há muito não via e aí me encontrei com um primo meu para tratarmos de um eventual negócio futuro; depois dirigi-me com muita calma até ao cemitério e visitei pela primeira vez a campa de minha irmã, pois não tinha conseguido ir até lá no dia do funeral; foi bom esse momento a sós com ela e não pude evitar as lágrimas de uma já tão grande saudade; ainda “passei” a dizer olá ao meu Pai.  À noite e com um frio imenso assisti no centro da cidade e comovidamente à procissão que mais gosto, a do “Enterro do Senhor”, só como queria; depois fui até casa e fiquei à espera de uma velha amiga, com quem me encontro sempre que posso quando vou à Covilhã; a Isabel, tem alguns anos menos que eu, não muitos, pois já tem filhos com 30 anos, enviuvou muito cedo e não mais voltou a casar; tem uma vida muito dela, “vai a todas” como se  diz e bebe cultura de todas as formas; conhece meio mundo e tudo o que é sítio agradável na cidade; saímos eram 11 e meia da noite para um local novo na cidade (pelo menos para mim), que se chama TBG (Tudo Boa Gente) e é um complexo de restaurante, bar e discoteca, mesmo junto à Estação da CP, num antigo barracão, bem recuperado; sempre no bar e com um bom scotch por companhia pusemos a “escrita em dia” e acabei por me deitar às 4 da manhã. No sábado fui almoçar a um restaurante dos arredores com a minha Mãe e irmã para me deliciar com um dos pratos que mais gosto e só consigo comer ali: a “Panela no forno” que é uma espécie de Tripas, com dobrada e carne de porco, muitos enchidos, mas sem feijão, substituído por um delicioso arroz…Entretanto e quase de fugida tinha encontrado um “velho” amigo, e depois em casa da minha irmã, onde fiquei, reuniu-se alguma família durante a tarde e foi divertido ouvir as conversas entre minha Mãe e duas tias minhas, todas com mais de 80 anos, e todas ouvindo mal; foi uma delícia e uma risada ao melhor estilo do cartoon do Mr. Magoo!  A noite foi passada em família e no dia seguinte, domingo levei a minha Mãe ao cinema, coisa que ela não fazia há muitos e muitos anos, e fomos ver o “Quem quer ser milionário?” que eu ainda não tinha visto e adorei, não só pelo filme mas também pela companhia; noite caseira e televisiva e ontem após um almoço em casa de outra irmã lá regressei muito satisfeito com estes três dias.

Entretanto, no dia 25 de Maio, nova viagem se anuncia: durante uma semana e infelizmente sem o Déjan vou até à Tunísia, mais própriamente à cidade costeira de Monastir; é uma viajem oferecida pela empresa na qual tenho o meu "part-time" e é tudo oferecido, menos a viagem de um acompanhante, e que no caso do Déjan se tornaria caríssima... Já me informei e parece ser um país bonito e de gente simpática, mas haverá duas coisas menos boas: a tradicional pouca higiene dos países do norte de África e uma alimentação fraca e repetitiva; a ver vamos..

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O NOSSO jantar


Como toda a gente que nos lê, tem conhecimento, através da publicação simultânea de um post intitulado “Convite irrecusável”, o Paulo e , e eu, marcámos para daqui a um mês, 9 de Maio, o jantar de blogs deste ano, o terceiro, a realizar aqui em Lisboa e possivelmente no mesmo local do ano passado (a confirmar mais tarde).

Surgiram, entretanto alguns mal-entendidos que convém esclarecer devidamente; este jantar vem na sequência de um primeiro jantar, com apenas 9 blogs presentes, organizado apenas por mim, no bar Agito no Bairro Alto, em 2007, o qual foi muito agradável; tendo entretanto alargado o número de blogs amigos (linkados), para a organização do jantar de 2008, pedi a colaboração do e do Paulo (“Felizes Juntos”), os quais anuíram com prazer e juntaram os seus blogs conhecidos, pelo que o jantar do ano passado foi um sucesso enorme com mais de 40 pessoas.

Este ano, abalançamo-nos de novo a organizar este evento, mas é preciso notar que é um jantar, como centenas de outros que se fazem na blogosfera, uns centrados nalgum fim específico, outros simples reuniões de amigos. Mas que fique bem ciente que não há jantares, nem poderia haver, abertos a todos os blogs, pois isso seria impossível, até logísticamente…Este  é o NOSSO jantar, jantar de amigos meus e do “Felizes Juntos” e seus acompanhantes; por tal motivo não aceitamos sugestões, principalmente quando elas vêm eivadas de situações absurdas; como bem diz o Paulo (“ ... não há paciência para gente complexada. e, sim, caso ainda haja alguém que não tenham percebido, é um jantar de amigos NOSSOS. conhecidos ou não, fisicamente. mas tem de haver alguma afinidade electiva, caso contrário, nada feito…” ) é um jantar de amigos!!!
E devo dizê-lo com frontalidade: há alguém que está a fazer uma certa confusão com este jantar, talvez por ter muito empenho em estar presente, mas que não irá estar, pois ninguém gosta de receber “em sua casa” pessoas com quem tem um relacionamento, chamemos-lhe assim “menos bom”, por motivos antigos e que nada têm a ver com o jantar; para bom entendedor, meia palavra basta…e se for preciso, como diz o Paulo,  faz-se um desenho…

Outra confusão lançada por essa mesma pessoa é o pseudo choque com outra iniciativa do mesmo género a realizar em 6 de Junho, um jantar de blogs defensores da causa GLBT, no qual já me inscrevi e que é um jantar diferente do nosso; só não percebe isso quem não quer ou pretende mesmo fazer confusão; aproveito para dizer que um ou mais organizadores desse jantar estarão no nosso evento, pois fazem parte de blogs amigos e lá divulgarão o seu empreendimento.

Vou começar, pessoalmente, a contactar todos os blogs que tenho linkados, incluindo os brasileiros (sabe-se lá se não virá uma excursão, eheheh) e peço que me vão informando da vossa presença certa ou possível e do número de pessoas acompanhantes (claro que cônjuges e namorad@s também estão convidados…)

E não esquecemos aqueles nossos comentadores, sem blog, mais ou menos assíduos, que claro, iremos tudo fazer para também estarem presentes. O Paulo e organizarão os contactos deles (muitos são comuns), pelo que a inscrição num dos blogs é suficiente. Desejo que o “conbíbio” do Porto, a realizar uma semana antes, a 2 de Maio, seja um êxito, e de lá, da Invicta e do Norte, venha pelo menos tanta gente, ou mais, se possível, do que o ano passado, embora alguém, que recordaremos com imensa saudade, este ano só em espírito vá estar presente…

È com satisfação que aqui apresentamos o logótipo do nosso jantar, da autoria do Paulo…naturalmente!

 

Aproveito para desejar a tod@s uma boa Páscoa.

terça-feira, 7 de abril de 2009

To where you are, Catatau

Who can say for certain
Maybe you're still here
I feel you all around me
Your memories so clear

Deep in the stillness
I can hear you speak
You're still an inspiration
Can it be

That you are mine
Forever love
And you are watching over me
From up above

Fly me up to where you are
Beyond the distant star
I wish upon tonight
To see you smile
If only for awhile
To know you're there
A breath away's not far
To where you are

Are you gently sleeping
Here inside my dream
And isn't faith believeing
All power can't be seen

As my heart holds you
Just one beat away
I cherish all you gave me
Everyday

Cause you are mine forever love
Watching me from up above
And I believe that angels breath
And that love will live on and never leave

Fly me up to where you are
Beyond the distant star
I wish upon tonight
Too see you smile
If only for awhile
To know you're there
A breath away's not far
To where you are

I know you're there
A breath away's not far
To where you are


domingo, 5 de abril de 2009

"O João partiu"


Tomei conhecimento com o Catatau, como comentador do meu blog, logo no início do mesmo, no final de 2006. Conheci finalmente o João Manuel no jantar do ano passado, no final de Abril, tendo ficado bem na minha frente, para podermos finalmente conversar, cara a cara, tanta coisa que tinha ficado pendente nos nossos comentários; voltei a encontrá-lo num simpático almoço, com o Paulo e Zé, a Keratina e o Tong, em Alvalade.

Depois foi a enorme surpresa de o ter à minha espera e do Déjan, quando chegámos ao Porto, em Junho  e convivemos num maravilhoso jantar no cais de Gaia; finalmente, quem diria encontrámo-nos no inesquecível pic-nic das Caldas, em Julho.

Pouco tempo depois, numa das nossas habituais conversas telefónicas foi curto e duro:

“João, tenho um tumor”. Fiz um post sobre o assunto sem revelar o assunto…

Comecei a contactar os seus amigos mais íntimos, o Tong, o Paulo e o Zé, a Keratina, o Lampejo, a Duxa, e fomos acompanhando a sua doença com telefonemas de apoio, sabe-se lá as vezes em que tivemos de ser fortes para não trair o nosso pessimismo.

Desde o seu último internamento, fiquei perfeitamente ciente que o João nos iria deixar em breve, mas nunca tão cedo; no entanto, liguei-lhe na véspera da minha recente viagem a despedir-me e tive que finalizar apressadamente a conversa, pois ele estava tão cansado após falar 2 minutos, que não conseguia dizer mais nada.

Desde o meu regresso, na terça feira que tinha andado a adiar o telefonema a comunicar que já cá estava; mas hoje(ontem), falando com o Paulo à hora do almoço, ele comunicou-me que tinha falado com ele na véspera e que ele quase não podia falar e estava a receber oxigénio; resolvi ligar-lhe de imediato e mal percebi o que me disse, apenas percebi “beijo, adeus”. Quando desliguei, segundos depois, não contive as lágrimas e procurei o conforto do Paulo, da Keratina e do Tong, e a todos comuniquei que me tinha soado a despedida esse telefonema; tentei, em vão contactar o seu companheiro, J., mas ele ligou-me perto das oito da noite, lavado em lágrimas a comunicar-me que tinha vindo do I.P.O. e que o João o não tinha reconhecido, e que o seu estado se agravara nas últimas horas, irremediavelmente; procurei incutir-lhe ânimo e pedi para me ir pondo ao corrente da situação; não demorou um quarto de hora quando me voltou a ligar dizendo apenas: “O João partiu!”

Liguei aos amigos de sempre a comunicar o que não queria ter comunicado…

 

Que mais posso dizer do Catatau? Apenas que era um Amigo, um Amigo muito querido; uma pessoa com uma cultura muito acima da média, eclético, que era sem sombra de dúvida o mais completo comentador que conheci na blogosfera; tinha um coração doce e uma energia contagiante, era também um Homem que acreditava na vida  e tinha o condão de o saber mostrar.

Sofreu muito, mesmo muito, e apenas o fim desse martírio me alivia minimamente a dor que sinto.

 

Deixo aqui algumas passagens por ele deixadas nos comentários feitos neste blog e deixo esta foto, que hesitei em pôr aqui e foi tirada na última vez que o vi, no jantar do cais de Gaia; mas ele está tão bem, tão feliz, que é esta imagem que eu quero recordar dele.

Descansa em paz, João!!!

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“Sabes? Não tenho medo de envelhecer fisicamente (acho que estou melhor agora do que aos vinte), tenho é muito medo da velhice incapacitante, seja motora ou psicológica. Da velhice que me envergonhe, que dê trabalho aos outros, que faça de mim um imprestável.” 

 

“Os amigos, tenham eles a cara e o corpo que tenham, são sempre o nosso tesouro privado. E principalmente são significantes!”

 

 

“ Vai, rapaz, vai nas asas do vento ter com o ar que respiras!”

 

 

 

“Faz sentido a tua análise da comunidade blogueira. Já cá ando há tempo suficiente para perceber de que são feitos os blogs. Acima de tudo são uma intenção aberta a um outro que é plural. E como de pluralidade se trata, é natural que se formem "públicos", que se estabeleçam afinidades, cumplicidades e (lá vou eu escrever uma palavra que cada vez gosto menos de usar pela desbragada parolice com que a usam) afectos.
Assim, para todos os que navegam, há os imprescindíveis, os imperdíveis, os habituais, os de corpo presente, os que despertam curiosidade, os pet hate (para masoquistas), enfim, dependendo do tempo e da paciência, há-os para todas as ocasiões, gostos, áreas, pró menino, prá menina e para tod@s.
Mas sabes o que sempre me seduziu na blogosfera? Imaginar uma pessoa do lado de lá que quer partilhar com quem desconhece um mundo real ou fictício. Saber que através dos comentários ela tem feed-back. Ela dá-me (o que quer que seja), mas eu também lhe dou (o que me vier aos dedos). Os dois desobrigados, num laço virtual que pode evoluir ou não. Que pode quebrar, fossilizar, seduzir ou tornar-se parte integrante do quotidiano dos dois. Um laço familiar, portanto.”

 

“Tenho amor, não tenho palavras (era só o que me apetecia agora dizer). 
Mas digo mais: tenho um amor agarrado ao coração vai para 14 anos. Deus queira que me não falhem os batimentos por muito tempo. E se falharem, que ele possa ficar ali - abrigado - à espera de o viver mais um segundo. À espera de o viver mais um momento.

 

 

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

" a fé e o império"


Há dias o amigo Arsène Lupin desafiou-me para abrir um livro na página 161 e transcrever aqui a 5ª. frase inteira que lá encontrasse. Como já há tempos tinha respondido a um desafio semelhante, o qual foi escrupulosamente cumprido, e como o próprio desafiador, (e muito bem) fez alguma batota com esse desafio, eu resolvi aproveitar a sugestão batoteira e não transcrever nenhum parágrafo da página 161, até porque o livro que tinha em mãos não chega a ter 161 páginas; e sendo assim resolvi transcrever um pequeno texto intitulado “A fé e o império” e que começa por ter uma frase introdutória de Álvaro de Campos: “A plácida face anónima da morte”.

Este texto faz parte do livro “Memória” de Álvaro Guerra, que li agora nas férias e sobre o qual falarei num próximo post.

Não vou passar este desafio a ninguém, mas gostaria que alguém, com batota ou não, aceitasse este desafio.

 

Que fé os levantava em sabor de sangue e de martírio contra os irmãos que não reconheciam? Meca e Jerusalém não são muito distantes, é verdade, e todos os mitos se assemelham; a mesma decadência levanta catedrais e mesquitas, a mesma violência reconhece e extermina os outros, os idólatras, os filhos das árvores, das águas ou do vento. Na face daquele morto coberto de golpes onde o sangue coagulava e cujo corpo, preso ao pau de sibe pelos pés e pelas mãos, pendia como uma peça de caça, reconheci a marca de todas as heresias, de todos os privilégios (mesmo os mais elementares) e nos rostos, negros também, dos caçadores vi o gosto das efémeras vitórias e a morte sacrossanta brilhando nos seus olhos. Ofereciam-me um morto anónimo e armado de uma velha pistola e de uma ideia profana. E eu não queria aquele cadáver – não queria morte nenhuma, muito menos uma morte injusta. Não queria nenhum escravo de si próprio nem nenhum escravo dos outros – não me queria. Não queria a fé nem o império – toda a epopeia é uma ilusão fugaz.”

terça-feira, 31 de março de 2009

Back home...


Começa a ser recorrente um post como este, no regresso a casa e à vida normal após um período (sempre curto) de convivência diária com o Déjan.

Desde que nos conhecemos, no final de 2005, (e pese embora tenhamos protelado o nosso primeiro encontro, o qual só se veio a efectivar em Setembro de 2006, pois não queríamos apenas uma aventura nem dar passos no escuro, mas algo com bases sólidas), encontrámo-nos nove vezes: três em Belgrado, três aqui em Lisboa, uma em Zadar (Croácia), na casa do pai dele que estava na altura nos EUA, e duas vezes em “território neutro”, Londres e Milão, cidades onde tenho amigos que nos puderam receber em suas casas, pois as nossas posses são incompatíveis com hotéis em cidades já de si caras… Esgotadas as hipóteses neutras, resta-nos voltar a encontrar-nos nos nossos habitats  e assim em final de Junho, o Déjan regressará a Lisboa!!!! Pode ser que entretanto ganhe o euro milhões e  possamos dar-nos ao luxo de compartilhar outros destinos…

Esta viagem foi muito especial e importante, pois seguiu-se a um período particularmente  difícil para mim, em que senti a falta do Déjan mais do que nunca. Foi a vez em que menos saímos ou melhor, a vez em que estivemos em menos sítios, pois frequentámos bastante um óptimo Irish Pub, na mesma rua onde mora o Déjan, sítio agradável a qualquer hora do dia ou da noite. A convivência com as amizades dele alargaram-se, o que muito me agradou, embora continue a haver o grande óbice de não podermos assumir publicamente a nossa relação, pois na Sérvia a homossexualidade ainda é vista de uma forma mais homofóbica do que aqui em Portugal.

Pergunto-me a mim mesmo o que pensarão os dois grandes amigos dele e que também já considero como tal, de visitar tanto o Déjan e vice-versa, ainda por cima com uma diferença de idades tão considerável; o que é um facto é que não noto a menor animosidade, antes pelo contrário, há uma crescente empatia entre mim e eles.

Também ali passei o meu aniversário, com uma pequena festa para 7 pessoas, e que correu particularmente bem; graças ao “You Tube”, viu-se e ouviu-se Portugal nessa noite!!! E a arrozada de marisco que preparei foi um sucesso…

Agora é contar os dias que faltam para o regresso aqui do Déjan, onde não há inibições e podemos fazer a nossa vida comum normalmente, quer em relação à família, aos amigos e mesmo às pessoas com quem convivo no dia a dia, pelo que claro, prefiro tê-lo aqui, do que estar com ele em Belgrado. E vou aproveitar para continuar a mostrar-lhe este nosso belo cantinho, privilegiando desta vez os distritos da Beira Litoral, numa escapada de 2/3 dias.

Entretanto, algo de bastante importante se poderá passar em relação a cada um de nós, ainda antes do nosso reencontro; em relação ao Déjan, poderá finalmente ter acabado o curso de medicina e iniciar o estágio; e quanto a mim, estou algo optimista  e espero  que não seja demasiado, acerca da  resolução de um problema que há muito se arrasta e que se vier a acontecer terei o prazer de aqui dar conhecimento, pois é uma história kafkiana, no mínimo…

Irei no final da próxima semana passar a Páscoa com a minha Mãe, à Covilhã, o que também me fará bem e está também no “programa”, algo de realmente surpreendente: é uma viagem, infelizmente sem o Déjan, a realizar na última semana de Maio; mas a isso voltarei…

O meu pensar está neste momento na Sérvia e no sorriso de alguém que amo muito e de quem já tenho saudades imensas!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Alguns apontamentos

Aqui estou em Belgrado, e apesar de já conhecer por assim dizer toda a cidade, ainda há coisas novas a descobrir aqui e assim visitei agora esta magnífica igreja, dedicada a S.Miguel;  na religião ortodoxa, cada família tem o seu patrono e é precisamente S.Miguel o patrono da família do Déjan;  no dia do santo respectivo, as famílias comemoram esse facto, juntando-se e recebendo amigos dos seus membros.  Esta é uma bela igreja e tem a diferença de ter uma cúpula não abobadada, como é caracteristica da quase totalidade das igrejas ortodoxas.

Hoje comemoro mais um aniversário, e é pela primeira vez que o passo fora do país, por opção, já que, por obrigação e grande tristeza minha, durante três anos consecutivos o passei sem família ou amigos, bem longe em Africa, entre 1972 e 1974; desta vez estou aqui com alguém que me é muito querido  e só agora, ao fim de quatro anos, passamos esta data juntos. Vou fazer uma pequena jantarada e seremos sete pessoas, pois além de nós dois estarão os seus três maiores amigos, a namorada de um deles e a esposa de outro...vamos ver como me safo...

Já tive o meu melhor presente, pois ficou definitivamente combinado que o Déjan vai passar as duas primeiras semanas de Julho a Portugal; falta apenas marcar os dias e comprar os bilhetes, e claro apanhará o concerto dos Metallica no dia 9... De resto ficaremos por Lisboa, com uma incursão de dois dias ao litoral centro, com base em Coimbra ou Leiria, pois há muito a ver por esses lados.

Mas recebi um cartão de parabéns enviado pelo meu gato Boris, penso que conluiado com a gata Teka e que mostra bem o desagrado pela minha ausência; prometo compensá-los com festas e mimos, quando regressar.

Tenho lido os blogs amigos, sem os comentar, está claro, à excepção de duas ou tres vezes por razões excepcionais;  e um dos assuntos bastante referidos e é caso para isso e eu normalmente também o teria feito, é sobre as infelizes declarações do “Bentinho” na sua viagem africana  acerca do uso do preservativo. A posição da Igreja no que se refere a certos assuntos actuais tem sido sistemáticamente retrógrada e parece que cada vez mais, o que tem como consequência um progressivo afastamento de fiéis, já que não reconhecem nesta cadeia hierárquica, a começar no Papa, os reais representantes da doutrina de Cristo, mas continua a ser, com o estado do Vaticano como melhor exemplo, um mundo de gente que vive “fora dos nossos tempos” e se já não há a ostentação de há uns tempos atras, ainda se nota muita opolência a contrastar com a pobreza de tanta gente;  daí me ter impressionado rever, num vídeo descoberto aqui, uma fabulosa sequência de um memorável filme de F.Fellinni  - “Roma”, e que apesar de tantos anos terem passado, continua a ter razão de ser, e a mostrar a ridicularização da Igreja;  é um poderoso libelo contra as altas hierarquias da Igreja e ...não só! Aqui ficam as imagens com a marca felliniana bem marcada e todo o seu anti-clericismo.



 

P.S. – Um enorme abraço de Amizade ao Zé e ao Paulo pela entrevista na “Pública”; sinto-me orgulhoso de ser vosso amigo.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Quase, quase...


Enfim, está a chegar a hora do reencontro. Não será difícil entender que foi a mais dura separação entre nós dois; não pelo tempo decorrido (que é sempre imenso), mas pelos acontecimentos entretanto vividos. Sim, o Déjan sempre me apoiou o mais possível, mas faltava o ombro onde chorar, a carícia que minorasse a dor, a palavra certa sussurrada ao ouvido, a força de um entrelaçar dos dedos…

 


Vou quase com a mesma ansiedade da primeira vez, mas agora suavizada pela certeza do que vou encontrar; e quando os meus olhos vislumbrarem os teus no aeroporto de Belgrado verás neles não só a incontida alegria de um reencontro, mas também um resto de uma lágrima guardada para te oferecer…

quarta-feira, 11 de março de 2009

Barahona Possollo


“ Estes dois homens são o mesmo homem. O da esquerda tem um piercing no mamilo esquerdo, o outro no mamilo direito. É o pudico e o impudico. O impudico força o outro a reagir. Pus o impudico a puxar a argola com a mão direita, que é mão de acção, ao passo que a esquerda é a mão da reflexão, da interioridade. O atrevido sabe exactamente o que está a fazer e está a puxar pelo lado esquerdo do outro, o lado emocional que estaria bloqueado. O atrevido tem o piercing do lado direito, o que nos diz que a transgressão deste é uma coisa consciente. Pus os “Y” por detrás por ser uma letra que não é vogal nem consoante e é um símbolo andrógino. No fundo há um papel de parede roubado à renascença mas que parece uma parede de uma pensão barata. As pessoas que não possuem referências de história de arte vêem apenas um quadro gay. Quando dizem isso, eu aceito porque também pode ser.”

 

Este é um excerto da entrevista dada pelo pintor Barahona Possollo á revista “Time Out”  do passado dia 10 do corrente, e a propósito da tela que aqui se reproduz. Esta tela faz parte de uma exposição deste pintor, em exibição na Sala do Veado do Museu de História Natural (na antiga Faculdade de Ciências), na Rua da Escola Politécnica; é uma exposição a não perder de um pintor que me foi dado a conhecer pelo amigo Luís, no  blog  Gayfield.

 

segunda-feira, 9 de março de 2009

Convite irrecusável


A exemplo do ano passado, numa iniciativa conjunta com o e o Paulo, do “Felizes Juntos”, vamos organizar o jantar dos bloguistas.

No ano transacto, esta iniciativa foi um enorme êxito e pese embora a crise, tudo fará supor que esse êxito se repetirá e quem sabe até se possa superar a presença dos 40 participantes de então; principalmente no sector feminino, estou certo disso.

Ainda é cedo, e por ora apenas anunciamos a data, que será a 9 de Maio, em Lisboa, em local a ser divulgado mais tarde; a razão de tão grande antecedência, dois meses, serve apenas para que tod@s possam programar as vossas vidas com tempo, principalmente quem vive fora de Lisboa. Claro que o jantar está aberto a todos os bloguistas e acompanhantes e comentadores sem blogs; na devida altura serão dados os prazos para as inscrições bem como outros detalhes.

sexta-feira, 6 de março de 2009

A borboleta


Foi numa sauna já desaparecida desta Lisboa que o vi. Era lindo,sedutor, diferente. A sauna estava cheia, a fauna habitual, que ao ver "sangue novo", se excita e se prepara para atacar a presa. O homem, trintão, ar estrangeirado, ia deambulando pelos espaços, e um bando de vampiros o seguia, sequioso. Deixei-me ficar, observando a cena, mas tão excitado como os demais. Alguns minutos mais tarde, o homem, visivelmente agastado, dirigiu-se ao sítio dos cacifos, para se vestir e sair. Fui mais rápido, agi prontamente e saí primeiro. Não o esperei cá fora; uma estranha intuição me dizia que seria de uma companhia de aviação, e provavelmente estaria hospedado no Sheraton (intuição de puta, dirão...). Para lá me dirigi e não tive que esperar muito tempo para ver parar um táxi que o trazia. Sorri-lhe, sorriu-me, entrámos, subimos ao seu quarto sem uma palavra e pude ver tatuada na sua nádega direita uma pequeníssima e bela borboleta. Não sei do que mais gostei, se da borboleta, se do seu habitat. Era manhã, quando deixei a borboleta voar.

Escrevi este pequeno conto para participar num interessante concurso de histórias, sob o tema “Blind Date”, que há tempos o blog “Uma imensa minoria” promoveu e que teve um sucesso muito razoável.

 

©Todos os direitos reservados 

A utlilização dos textos deste blogue, qualquer que seja o seu fim, em parte ou no seu todo, requer prévio consentimento do seu autor.

terça-feira, 3 de março de 2009

Comicidades penianas


Ao aproximar-se do balcão da recepção de um hotel, um homem, ao virar-se, esbarra o cotovelo no seio de uma linda mulher. Meio sem graça, meio envergonhado, ele diz:- Mil desculpas. Se o seu coração for tão macio como o seu seio é, tenho acerteza de que me perdoará.

Responde a mulher:- E se o seu pénis for tão duro como o seu cotovelo, o meu quarto é o1221!


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Ouvi dizer que o governo fez contas no Magalhães e, para ajudar a superar a crise, vai criar o Imposto do Pénis.
Até agora o pénis tinha escapado ao IRS.
As razões eram estar 99% do tempo pendurado sem emprego, 0,2% do tempo trabalhar às mijinhas, 0,5% do tempo ter trabalho duro e 0,3% do tempo estar metido num buraco.Além disso, não ajuda nada ter dois dependentes que não arranjam trabalho em lado algum e não têm onde se meter.
A taxa do imposto variará conforme o tamanho, com os escalões seguintes:
- 25 a 30 cm - imposto sobre bens de luxo.............€ 30.00

- 20 a 24 cm - imposto sobre postes.......................€ 25.00

- 14 a 19 cm - imposto sobre a classe média........€ 15.00

- 10 a 13 cm - imposto sobre a maçada.................€ 3.00
- Machos que excedam os 30 cm terão que declarar mais-valias de capital.

- Qualquer macho abaixo dos 10 cm tem direito a um crédito de imposto.

- É obrigatório pagar dentro do prazo. Não serão concedidos prolongamentos!

PDP (Perguntas Do Pénis):

- Haverá multas para levantamentos antecipados?

- O que acontece quando um pénis trabalha por conta própria?

- Quem tiver vários (as) parceiros (as) conta como sociedade?

- As despesas com preservativos são dedutíveis?

- Haverá um agravamento da taxa de imposto para quem não for circuncidado


domingo, 1 de março de 2009

As mentiras...


Responderam 24 pessoas indicando as três mentiras ou nalguns poucos casos uma ou duas. Há algumas conclusões interessantes: 20 indicaram que eu nunca mandei matar ninguém; apenas uma, a última resposta, indicou a questão da estupidez. As três questões não verdadeiras tiveram bastantes concordâncias (11 – 8 – 8), mas NINGUÉM acertou nas três questões; 9 acertaram em duas (nada mau), metade acertaram numa apenas e três em nenhuma (mas uma delas, o Tong, só indicou uma mentira…).
Embora com algumas rasteiras, as três mentiras eram banais.
1. ADORO QUEIJO – detesto queijo; rezam as crónicas que, quando ainda gatinhava, entrei num armário da cozinha e “aviei” boa parte de um queijo; tive que ir ao hospital, fizeram-me uma espécie de lavagem ao estômago e desde que me conheço, que nem o cheiro…De há uns tempos a esta parte tolero algum cozinhado com queijo fundido, como nas pizzas e caso curioso, gosto bastante de requeijão com mel ou compota.
2. DURMO HORAS SEGUIDAS COM IMENSO PRAZER – tenho imensa inveja de quem o faz; eu durmo aos solavancos, às pinguinhas… Não tenho insónias e logo que caio à cama, durmo; mas passadas 2/3 horas acordo, e leio, vou ao Pc, faço isto e aquilo e lá durmo outra vez; e a história repete-se. Quanto mais cedo me deito pior durmo. Quando durmo melhor é de manhã e agora posso fazê-lo, o que é bom.
3. PERDI A VIRGINDADE AOS 16 ANOS NUMA CASA DE PROSTITUIÇÂO, AINDA LEGAIS, EM CASTELO BRANCO – Fui realmente com essa idade a uma casa dessas em C.Branco, quando lá estudei; mas só estive na sala a ver as “meninas”; meninas é favor, pois eram de 30 para cima, bem nutridas e passeavam-se pela sala, em soutien, ao som de uma “juke box”; muitas cadeiras, bastantes magalas, alguns jovens e um ambiente perfeitamente felinniano; entrei virgem e de lá virgem saí; se tinha dúvidas acerca da minha sexualidade, algumas ali ficaram. Curiosamente só perdi a virgindade aos 23 anos em Lisboa, então estudante universitário, e foi com outro estudante universitário, mais ou menos da mesma idade (já não tinha dúvida alguma…).

Quanto às outras questões:
JÁ MANDEI MATAR ALGUÉM – a grande rasteira; já mandei sim, infelizmente; durante a guerra colonial, comandava uma operação e na reacção a uma emboscada, um guerrilheiro foi gravemente ferido, ficando com as vísceras de fora; estava moribundo, tínhamos que sair dali o mais rápido possível e só podíamos transportar os nossos feridos; abandonar ali aquele homem era mais desumano que acabar-lhe com o sofrimento; mas a ordem para isso teria que ser a dá-la, e dei-a. Ainda hoje “oiço” esse disparo…
SOU EXTROVERTIDO POR NATUREZA – quem me conhece de verdade sabe bem que não consigo “meter para dentro” ou “fechar-me como um caracol”; preciso de falar sobre os assuntos, e quanto mais graves, mais imperioso isso se torna. E de uma maneira geral, falo abertamente e sem dificuldade com as pessoas.
AOS 6 ANOS FUI APANHADO PELA MINHA MÃE, NÚ, A BRINCAR”AOS MÉDICOS”, COM A FILHA DE UMA EMPREGADA, DA MESMA IDADE E TAMBÉM NUA - bem, “aos médicos” é uma forma de falar, pois era mais aos …como é que hei-de dizer…”deixa lá ver se consigo meter isto aí”… shame on me !!! Depois claro, anos mais tarde, não gostei muito dessa “brincadeira” ou antes gostar gostei, mas “de outra maneira”…
CONSIDERO A ESTUPIDEZ UM DEFEITO ENORME - é a mais óbvia de todas as minhas verdades; peço desculpa, mas não tolero gente estúpida, que é diferente de gente ignorante, note-se bem.
CONFIO DEMASIADO NAS PESSOAS - sim confio, e já me desiludi muito com isso; mas continuo a confiar. Toda a gente tem um lado por onde se lhe pode chegar e eu tento ao máximo, descobri-lo e chegar lá; se já tive desilusões já tive também ainda mais compensações. Mas, atenção, há limites para tudo…
JÁ ROUBEI - quando era miúdo, por altura da feira de S. Tiago, na Covilhã, era um “hábito” entre a miudagem roubar as barracas da feira; pegávamos numa figurita pequena com o indicador e o polegar, perguntávamos quanto custava e depois dizíamos que era caro e púnhamos outra vez no sítio; mas já tínhamos outra figura pequena escondida nos outros três dedos

E pronto, obrigado pela vossa colaboração e assim com este post ficaram a saber algo mais de mim: sou realmente extrovertido!!!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Desafio


Fui desafiado pelo Arsène Lupin a enumerar nove características minhas, das quais seis serão verdadeiras e três falsas; e depois deveria passar a corrente para outras pessoas que me deveriam comunicar quais as minhas três falsidades.
Vou deixar aqui as nove características, mas não vou passar o jogo a ninguém; mas dar-me-ia muito prazer saber a vossa opinião sobre quais são as minhas mentiras; assim poderei saber quem me conhece melhor…
Prometo em breve dizer quais são!



Já mandei matar alguém.
Adoro queijo.
Durmo horas seguidas com imenso prazer.
Sou extrovertido por natureza.
Aos 6 anos fui apanhado pela minha Mãe, nu a brincar aos “médicos” com a filha de uma empregada, da mesma idade e também nua.
Considero a estupidez um defeito enorme.
Confio demasiado nas pessoas.
Perdi a virgindade aos 16 anos numa casa de prostituição, ainda legais, em Castelo Branco.
Já roubei.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Só nós dois


Só nós dois é que sabemos
Quanto nos queremos bem
Só nós dois é que sabemos
Só nós dois e mais ninguém
Só nós dois avaliamos
Este amor forte e profundo
Quando o amor acontece
Não pede licença ao mundo

Anda, abraça-me... beija-me
Encosta o teu peito ao meu
Esquece que vais na rua
Vem ser minha e eu serei teu
Que falem não nos interessa
O mundo não nos importa
O nosso mundo começa
Cá dentro da nossa porta

Só nós dois é compreendemos
O calor dos nossos beijos
Só nós dois é que sofremos
A tortura dos desejos
Vamos viver o presente
Tal qual a vida nos dá
O que reserva o futuro
Só deus sabe o que será

Anda, abraça-me... beija-me
... ... ... …


Vou-te cantar esta canção, ao ouvido e baixinho, no próximo dia 15 de Março, aí em Belgrado, meu amor...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Os Óscares

Mais uma noite de Óscares, mas uma noite diferente, sem dúvida. A Academia renovou alguns dos seus padrões habituais de apresentação desta noite de festa e sem dúvida que a cerimónia ficou melhor; o facto de associar alguns Óscares técnicos numa só apresentação resultou e houve uma tentativa de diminuir o tempo da cerimónia, o que não estou certo se terá sido conseguido ou não, tantas foram as interrupções que não sei se foram de lá, se da TVI…
Algo mudou também na apresentação dos nomeados nas categorias de melhor desempenhos. Com uma apresentação simultânea de cinco anteriores premiados da respectiva categoria, cada um a falar directamente para um dos nomeados, ficou mais realçado o desempenho de cada um, com palavras de valorização e admiração.
A apresentação deixou de estar a cargo de alguém com vocação para apresentador e recaiu num actor, mas que senhor actor… Hugh Jackman foi para mim um dos triunfadores da noite, simplesmente fabuloso, em todos os aspectos… Quanto aos premiados, devo dizer que foram na minha opinião previsíveis, à excepção do filme em língua estrangeira que eu esperava que fosse para o filme animado israelita.
Mesmo o de Penélope Cruz eu esperava e na véspera no blog “oParaKedista”, num comentário lá deixei as minhas previsões para o melhor filme, realizador e quatro intérpretes: 100% certas!!!
“Quem quer ser bilionário” foi um indiscutível vencedor: vencer 8 das 10 nomeações, é obra, e não houve prémios de interpretação, pois é um filme “colectivo” – fabuloso! Também “Milk” foi um vencedor, pois venceu dois importantes prémios: Sean Penn, magistral e que derrotou Mickey Rourke por K.O. e o do argumento original, para Dustin Lance Black, que, como Penn, e num comovido discurso defendeu o casamento de pessoas do mesmo sexo. Bem atribuído o prémio a Kate Winslow, no seu ano de ouro; depois de 15 nomeações, mais que merecidas, Meryl Streep voltará decerto, pois ela é a maior actriz em actividade.
Mais que certo o prémio para Heath Ledger (nem sei porque havia mais 4 nomeados???).
Penélope venceu devido à curta duração do papel de Viola…
Um pouco forçado o Óscar para Jerry Lewis; pergunto: sem ser um incondicional de M.Oliveira, não teria sido justo homenagear um realizador centenário ainda activo???
Sim, é português, mas a Academia já homenageou o japonês Kurosawa e o indiano S.Ray…
Enfim, critérios…e para o ano há mais!














sábado, 21 de fevereiro de 2009

Gay Banditos


Dedico este vídeo ao senhor Cardeal Martins, português e que faz parte lá da Cúria não sei de quê do Vaticano, que fez umas afirmações patetas e patéticas esta semana, na Figueira da Foz, acerca do que ele pensa que é a homossexualidade...(Deus o ajude!)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O regresso

Findo o pesadelo em que vivi nos últimos tempos, e embora ainda sob os efeitos de dois dias muito dolorosos e emotivos, recomeço a ganhar o meu espaço e sobretudo o meu tempo…
Claro que de tudo o que me foi acontecendo desde o princípio de Dezembro, algo há ainda à espera de uma resolução, mas neste caso, e não querendo ser demasiado optimista, aguardo notícias positivas…
O trabalho vai regressar hoje, vou tentar na próxima semana, fazer contas à vida para poder marcar um encontro com o Déjan para daqui a cerca de um mês e aqui estou a voltar à actividade bloguista normal, com uma primeira palavra muito pequena e muito grande, ao mesmo tempo: OBRIGADO!
Obrigado a tod@s @s que me apoiaram, quer aqui no blog com os vossos comentários carregados de palavras amigas e de conforto, quer quem o fez por mail ou por telefone; jamais o esquecerei.
Claro que embora sem cabeça para comentar ou postar, fui lendo sempre o que iam dizendo e não posso deixar passar em claro os aniversários do Comyxtura e do Tong-zi, e algum outro aniversário que tenha acontecido.
Vi e li o que foi escrito já esta semana no Prós e Contras e teria gostado de falar sobre o assunto, mas oportunidades não faltarão.
Registo com satisfação um ou dois regressos e com alguma tristeza os abandonos totais ou parciais de outros blogs.
E desde já lanço daqui um primeiro “apontamento” sobre aquilo que será o terceiro jantar dos bloguistas, com a colaboração já prometida do Felizes Juntos e que terá lugar lá para finais de Abril; mas, a seu tempo, falarei disso mais em detalhe.