quarta-feira, 9 de julho de 2008
For once in my life
FOR ONCE IN MY LIFE
I HAVE SOMEONE WHO NEEDS ME
SOMEONE I’VE NEEDED SO LONG
FOR ONCE UNAFRAID
I CAN GO WERE LIFE LEADS ME
AND SOMEHOW I KNOW I’LL BE STRONG
OH ! ONCE I CAN TOUCH
WHAT MY HEART USE TO DREAM OF
LONG BEFORE I KNEW, SOMEONE LIKE YOU
WOULD NEVER DREAM, OF MAKING MY DREAMS COME TRUE
OH ! ONCE IN MY LIFE
I WON’T LET SORRY HURT ME
NOT LIKE IT’S HURT ME BEFORE
OH ! FOR ONCE I HAVE SOMETHING
I KNOW WON’T DESERT ME
CAUSE I’M NOT ALONE ANYMORE
OH ! ONCE I CAN SAY
“THIS IS MINE YOU CAN’T TAKE IT”
AS LONG AS I KNOW I’VE GOT LOVE
I CAN’T MAKE IT
FOR ONCE IN MY LIFE
I’VE GOT THAT SOMEONE WHO NEEDS ME
That’s for you, my love: this song, this poem, this post.
Thanks’ for all your support to me in the last days; you knows how much difficult was this last separation, the most difficult till now, perhaps because you have been in my house and now everything reminds me you…
After all, the pain to be so far and such a long time without you, I am really very happy, because our love; no, we must not think October is just coming, we must wait day by day, but we know, both of us, that it will be wonderful in Italy, my love.
I like this song very much and the poem is really what I wanted tell you, just now, but I NEVER can forget our song – “You raise me up”, because you do it, each moment…
(Este vídeo descobriu-o no excelente blog "Gritosmudos", a quem agradeço.)
terça-feira, 8 de julho de 2008
Prioridades
Daqui a alguns anos, teremos velhas com enormes tetas e velhos com o pénis duro; mas nenhum deles se recordará para que servem” !!!!!!!!
segunda-feira, 7 de julho de 2008
SAGA - Ópera extravagante
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Ao longo dos quase 34 anos da sua existência, o Teatro «o bando» tem procurado intervir activa e civicamente na sociedade, destacando-se no panorama teatral português, pela singularidade e criatividade dos seus espectáculos. As máquinas de cena e os espaços cénicos insólitos (vi uma peça passada em duas viagens de um comboio em andamento, e outra representada numa pocilga), constituem o apanágio de um grupo cuja contemporaneidade se produz, também, no respeito pelas raízes históricas e culturais nacionais e no seu questionamento através da dimensão estética. Os espectáculos criados surgem como pretextos escultóricos, musicais, de actualidade política, capazes de estimular a criação teatral, a qual se pretende seja sempre surpreendente e incómoda, sempre estranha e reconfortante quando se grava enigmaticamente na memória.*
O seu director artístico, João Brites, encenou esta peça operática – “SAGA – ópera extravagante”, a partir de dois textos de Sophia ( “Silêncio” e “Saga”), em co-produção com a Marinha, através da excelente Banda da Armada, dirigida pelo maestro Carlos Ribeiro, e com uma muito conseguida composição musical de Jorge Salgueiro. Uma só actriz, Ana Brandão, vários cantores líricos, quase todos bastante jovens, dois cantores populares, sendo um deles o “eterno” Francisco Fanhais e ainda o vocalista do grupo de Heavy metal “Moonspel”, são os participantes deste espectáculo, muito bem construído, encenado, musicado e cantado. O local (claustro do Museu da Marinha) não poderia estar mais adequado a um espectáculo que tem como tema o mar e a paixão da protagonista por ele…
O frio (muito) que se fazia sentir, ia desaparecendo com o “crescendo” da peça e a imagem da inesquecível Sophia esteve sempre presente naquelas suas palavras que tendo o mar como base, não poderiam ser mais adequadas.
Uma palavra para a excelência dos músicos que constituem a Banda da Armada.
*)- esta parte do texto é essencialmente tirada do programa do espectáculo.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
"An Unusual Affair"
É notável um diálogo, quase no final, quando Ina argumenta a favor da manutenção do casamento com a frase “só tenho uma vida” e Jochen lhe responde com a mesma frase.
No original, “Eine aussergewohnliche affare”, é uma série que foi transmitida por um canal germânico, em 2002, e cujo realizador é Maris Pffeiffer, e tem fabulosas interpretações de Hans-Werner Meyer (Jochen) e de Tatjana Blacher ( Ina).
Quem estiver interessado, há uma versão legendada em espanhol no LimeWire (Una relación poco cómun) e no no “You Tube” encontra-se o filme completo, dividido em 9 vídeos numa versão original e sem legendas, e sob o título original, em cima designado.
Apenas uma palavra para dedicar com muita compreensão e carinho este post a dois amigos muito especiais, que não necessitarei de nomear, e faço-o, não com a ideia de lhes sugerir soluções idênticas, totalmente longe disso, mas porque sentirão decerto, mais que ninguém, este drama.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Não sou suspeito...
Não sou suspeito, pois sou benfiquista de alma e coração...
Mas não sou "doente" a ponto de não achar graça a certas coisas que se façam à custa do "nosso" (seis milhões!!!) Benfica.
Divirtam-se.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Postmortem
Este vídeo, cujo título é este mesmo, não tem qualquer relação com o meu post anterior.É uma curta metragem muito bela, sensível e que tem a ver com as relações sentimentais de cada um, e as suas sequelas, postivas e negativas; dá para pensar, mas também para usufruir...
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Prova de morte
E rezava assim:
“ Lamentamos informar todos os familiares, amigos e conhecidos que o Sr. ………. faleceu hoje, às 5h30 vítima de paragem cardíaca. A partir das 18h00 estará na Igreja da Parede.”
Apenas isto, mandado para muitos endereços, possivelmente todos os que alguém amigo do Manuel, encontrou no seu computador; endereços de amigos, entre os quais o meu…
E assim se perde um Amigo.
Não consigo compreender como estas coisas acontecem…
Ontem, eu dizia que tinha ido ao arraial fazer uma espécie de “prova de vida”, hoje alguém me enviou uma “prova de morte”!!!!
Até sempre, Manuel.
domingo, 29 de junho de 2008
Prova de vida
Quanto à Marcha surpreendeu-me positivamente nalguns aspectos e negativamente noutros; nos primeiros destaco o razoável aumento de pessoas que desfilaram, bastante mais do que eu já tinha visto, e segundo informações, terá sido mesmo a mais participada Marcha até hoje; e destaco o elevado e muito agradável (como postura) número de participações femininas (parece que as lésbicas estão finalmente a ganhar um rosto na sociedade portuguesa); ainda a registar alguma organização no desfile. Os aspectos negativos vão uma vez mais para o eterno problema da representação masculina: eu não me sentiria bem naquele desfile, pois não me integro em 90% dos participantes da marcha; à excepção de poucos, muito poucos homens, que não poderiam nunca ser catalogados como gays, a representação masculina na marcha era composta por activistas do Bloco de Esquerda e pessoas que à distância se poderiam marcar como gays. Não posso nem quero dizer com isto que a Marcha não os integre, antes pelo contrário; mas e onde estavam os homens comuns que são homossexuais e que são muitos, deste país? Já sei, que eu próprio deveria dar o exemplo, mas sentir-me-ia ridículo, ali sozinho a desfilar, só porque sou gay…
Se visse, como vejo lá fora, grupos maciços de homens comuns a participarem descomplexadamente nas marchas, eu não me sentiria complexado e teria desfilado normalmente, até porque não tenho o menor receio de mostrar como sou – este blog é disso exemplo! E é curioso, que eu não vi um, um só, dos meus amigos, dos que conheço da blogosfera e dos outros, bastantes, que conheço e são gays, a desfilar; qual a razão? Possivelmente a mesma que eu invoco. E depois o folclore habitual dos travestis e drag queens; sim, lá fora também os há, mas são naturais, têm uma postura de gozo com o que estão a fazer ao contrário daqui, em que o mais importante é a “postura” para as fotos dos curiosos e principalmente dos media.
Uma palavra final para uma das frases mais gritadas e que, com toda a carga irónica que lhe quiseram dar, resultou, para mim num dito pouco feliz: “homem verdadeiro é o que leva no pandeiro”; é dar trunfos à homofobia, quer-me parecer…
O Arraial foi diferente, aí encontrei o tal ambiente que faltou na Marcha; senti-me perfeitamente integrado no meio de tanta gente de uma heterogeneidade de posturas enorme e em que nada parecia ficar mal, desde pessoas a beijar-se sem problemas, a conversas de grupos animadas, a “bichices” divertidas, etc.
Encontrei imensa gente da blogosfera e encontrei muitos amigos a amigas, desde os mais chegados aos menos íntimos e é curioso que, devido à minha ausência do “meio” nos últimos tempos, este foi um dia, melhor dizendo, uma noite que funcionou para mim, quase como uma “prova de vida”!
Que falta fizeste ali, meu querido e nunca esquecido Déjan!!!!!!
quinta-feira, 26 de junho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Bandeira arco-íris
Gilbert Baker evoca depois o momento em que ele viu pela primeira vez a bandeira, nas ruas de S.Francisco: «Lembrar-me hei sempre de Harvey Milk(*) debaixo da bandeira arco-íris gigante que flutuava por cima da multidão. Foi um momento incrível de alegria, e todos nós sentimos que iríamos mudar o mundo.»
(*)- Harvey Milk foi "supervisor" do Mayor de S.Francisco, mais tarde assassinado; está a ser feito um filme sobre a sua vida.
Para comemorar os 30 anos da bandeira arco-íris, a célebre marca de vodka Absolut, pediu a Gilbert Baker para criar uma uma garrafa com as cores da bandeira.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Poesia e prosa "new look"
"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer"
Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns
Anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor
repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.
Análise do poema de uma aluna de 16 anos da Escola C+S da Rinchoa
Eu quero viver a minha próxima vida ao contrário: Começo morto e livro-me disso. Depois acordo num lar para a terceira idade, sentindo-me melhor cada dia que passa. A seguir sou expulso, por estar demasiadamente saudável. Gozo a minha reforma e recebo a minha pensão de velhice. Então, quando começo a trabalhar, recebo um relógio em ouro como presente logo no primeiro dia. Trabalho 40 anos, até ser demasiadamente novo para trabalhar. Vou para o liceu e bebo álcool, vou a festas e sou promíscuo. Depois vou para a escola primária, brinco e não tenho responsabilidades. Transformo-me então num bebé e passo os últimos 9 meses a flutuar pacifica e luxuosamente, em condições equivalentes a um spa, com ar condicionado, serviço de quartos entregue por cabo, e depois...
segunda-feira, 23 de junho de 2008
O Pinguim por si próprio
TEIMOSO – Quando se me mete algo na “tola”, não descanso enquanto não resolvo o
assunto.
LAMECHAS – Deve ser defeito de família, sou de lágrima fácil e comovo-me com uma
facilidade extrema.
EXTROVERTIDO – Não consigo guardar as opiniões, os sentimentos, as ideias e até as
emoções; sou tudo menos um actor de teatro e serei sempre um
péssimo jogador de póker .
AMIGO – é uma característica fundamental da minha pessoa; para mim, um Amigo é
tudo e por ele faço o impossível ; mas sou muito exigente também com os
meus Amigos .
PESSIMISTA – Por incrível que pareça sou-o; ao princípio penso sempre o pior, talvez
como defesa própria ; depois vou ganhando confiança e até consigo por
vezes parecer optimista.
CALMO vs NERVOSO – Sou extremamente nervoso nos pequenos acontecimentos do
. dia a dia; e consigo ser de uma calma incrível, nos chamados
grandes momentos.
Passo este desafio ao Paulo (Felizes juntos), Sócrates da Silva (Castelo de areia), Sitio Peludo, Miguel (Um voo cego a nada) e Keratina (Vícios e Realidades)
sábado, 21 de junho de 2008
Passado e presente: 3 - Recordações da minha terra (1)
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Peggy Lee
Peggy Lee (26 de maio de 1920 – 21 de janeiro de 2002) foi uma cantora e compositora americana de jazz e pop tradicional . Norma Deloris Egstrom seu nome de origem, nasceu em Jamestown, Dakota do Norte. Conhecida como uma das mais importantes influências musicais do séculos 20, Lee é citada como inspiração para vários artistas, como Bobby Darin, Paul McCartney, Bette Midler, Madonna, k.d. lang, Elvis Costello, Dusty Springfield, Dr. John e muitos outros. Como compositora, colaborou com seu ex marido Dave Barbour, Sonny Burke, Victor Young, Francis Lai, Dave Grusin, John Chiodini, e Duke Ellington, que dela disse "If I'm the Duke, then Peggy's the Queen." ["Se eu sou o Duque, então Peegy é a rainha."].Como actriz, foi nomeada para um Oscar pelo seu papel em “Pete Kelly's Blues”.
Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Judy Garland, Dean Martin, Bing Crosby e Louis Armstrong todos citaram Lee como um de seus cantores favoritos.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Desafio: PASSA-O-TEXTO-A-OUTRO-BLOGUEIRO-E-NÃO-AO-MESMO
Aquela manhã de nevoeiro disperso estava a acordar aos poucos. Tal como aqueles olhos que iam abrindo de mansinho, a medo, e ficaram focados na janela gigante que dava para a praceta onde permanecia uma estátua de um qualquer marquês. Pôs-se de joelhos, com as mãos amarradas atrás das costas, e levantou um pouco a cabeça. Torceu todo o corpo para a esquerda e só então conseguiu lembrar-se do que tinha acontecido.
ÿpslon, http://www.vitaminay.blogspot.com/
As imagens começaram a surgir-lhe na mente como num filme. A viagem até aos arredores da cidade. O prédio já extremamente degradado, vizinho dos sem-abrigo deitados pelo chão, naquela rua apática e sombria. O apartamento do 3º direito e a primeira impressão da Delfina, senhora tão afável e generosa. E a razão que o trouxe ali. Os flashes. Episódios quase surreais que a sua memória queria apagar, mas a sua consciência teimava em fazer virem à tona. Aquela humilde personagem especada à sua frente, franzina e com ar tão agradavelmente maternal, parecia realmente a personificação da solução para os seus problemas e devaneios recentes. Como as aparências iludem…
Voyager, http://www.life-from-inside.blogspot.com/
O Sol continuava a subir iluminando lentamente a rua ao fundo, a praça, o prédio, a sala, a cara e também a mente de Abel que recuperava o seu equilíbrio e via-se gradualmente livre daquele inebriante zumbido sensorial. À esquerda, no canto escuro da sala, numa poça de vermelho-vivo como pano teatral, revelava-se, subindo na luz matinal, uma cena surreal: Ali jazia a Sra. Delfina, sem roupa nem vida, com um punhal ritual espetado no peito. Abel encontrava-se surpreendido, aterrorizado, abismado, congelado. Ciente do impacto causado, a sádica luz decidiu continuar a torturá-lo e subiu ainda mais um bocado. Na parede branca, da escuridão, a vermelho sangue surgia: "Não te livras de mim assim" por baixo assinava: "Caim"
Mário, http://www.omeuoutroblog.blogspot.com/
A memória de Abel recua quatro anos num segundo, altura em que pela primeira vez ouvira aquele nome, desenhado pelos lábios de uma atraente rapariga “Caim, espera, estou a chamar-te há horas – não me ouves?” que, não esperando por uma resposta, apressa o passo até o alcançar e o beija com um fervor desconhecido, lábios nos lábios, língua na língua. Abel sente-se desorientado, no presente e há quatro anos, confuso pelo cheiro do sangue espalhado naquela sala e pelo perfume do cabelo daquela rapariga que o trata por um nome que não é o seu. Levantando-se lentamente, apercebe-se das mãos ainda amarradas e observa, com a cabeça a latejar, a sala em que Delfina agora jaz inerte, procura no nevoeiro que é a sua mente memórias que o ajudem a perceber a cena com que se confronta, mas tudo o que recolhe são os já habituais flashes de luz e cor, sensações de raiva e impotência que lhe consomem as energias do corpo e que o forçam a procurar apoio numa das cadeiras que ainda se mantêm em pé por entre confusão que reina na sala. Esgotado, senta-se desconfortável enquanto se apercebe do sangue espalhado pelo próprio corpo e, sem saber identificar se o vermelho é seu ou apenas parte da sala ensanguentada, fecha os olhos e com a escuridão sente regressar novamente o perfume delirante do cabelo e daquele beijo apaixonado, enquanto mãos suaves mas firmes se aproximam por detrás dele, aliviam os nós que lhe amarravam as mãos e, por entre a sensação inebriante que preenche aos poucos os seus pulmões lhe acariciam as costas e o pescoço, por entre beijos lascivos, e lhe segredam aos ouvidos: “Caim, amor… está feito!”.
zeh, http://www.manualdoserhumano.blogspot.com/
Estas palavras transportam Abel àquele dia de há quatro anos antes. Àquilo que, na altura, lhe pareceu uma incrível coincidência. E depois o efeito envolvente do perfume de Carmen, a forma como aquele aroma lhe abrasava o sangue, a conversa fluente que o arrastou para uma noite que seria a primeira de muitas... As mesmas noites em que foi percebendo que Carmen não era uma mulher vulgar. Na verdade, estava bem longe de o ser...
Will, http://looking-for-grace.blogspot.com/
terça-feira, 17 de junho de 2008
O tempo...novamente
Até quando esta dependência do tempo, que agora entra na inversa marcha da lentidão ???
Claro que a partida é “apenas” física e que mais vale a separação que a não existência dos factos que agora provocam dor; mas de que vale saber isso, se a dor é grande e os espaços, agora apenas preenchidos por mim, têm a tua“presença” e o teu cheiro…
A região de Milão espera-nos lá para a terceira semana de Outubro; tanto tempo, direi eu, dirás tu…talvez não demasiado para a eternidade do nosso Amor…
E agora a rotina: os telemóveis, o MSN, a comunicação do nosso dia a dia e o tempo, sempre o tempo a escoar lenta, muito lentamente…
Aproveito para deixar aqui uma saudação do Déjan a todos os amigos e amigas com quem contactou pessoalmente e também para todos os que por palavras amigas nos mostraram a sua Amizade.
domingo, 15 de junho de 2008
A saúde em Portugal
Para mostrar ao Déjan o funcionamento das consultas e como eram os hospitais aqui em Portugal, pois ele está a acabar Medicina, ele foi comigo…
A primeira consulta, de ortopedia estava marcada para as 9 da manhã no Hospital Ortopédico da Parede, mas rezavam as instruções, deveria estar lá, meia hora antes; apresentei-me à hora solicitada e fui atendido…às 11,25, pois o médico chegara atrasado!!!
Já desesperava, mas as notícias da minha artrose num joelho não foram de molde a preocupar-me, sendo as dores sentidas ultimamente, provocadas por uma tendinite no joelho, bem localizada e para a qual fui medicamentado e estou a melhorar; sei também que deverei fazer fisioterapia de preferência numa piscina – do mal o menos.
Vim a casa, e almocei a correr, pois a consulta da tarde no Hospital Amadora/Sintra estava marcada para as 13,40 e era de Urologia, para aquilatar da eventual necessidade de uma cirurgia à próstata; depois da seca da manhã, a antipatia da funcionária administrativa não fazia adivinhar nada de agradável. Pois esperei, esperei que algum dos três médicos a dar consulta se dignasse a chamar por mim, mas nada; sai um, após as suas consultas, sai outro, da mesma forma e quando sai do gabinete do terceiro médico o último paciente, a minha impaciência já era “raiva” e só esperava ouvir finalmente o meu nome; espanto dos espantos, vejo o médico a fechar o gabinete, eram 18,35 (!!!!); e perguntei-lhe meio estúpido, meio incrédulo: “Então e eu, doutor?”
O doutor, meio enfadado perguntou-me o nome e ao ouvir a resposta referiu com muita calma que a minha ficha lhe tinha passado pelas mãos, mas julgava que entretanto tivesse sido visto por algum colega…Contrariado, voltou ao gabinete, voltou a abrir o computador e enfim começou a consulta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Só não explodi de raiva porque, mais uma vez, o resultado da consulta não levou a certezas sobre a necessidade de cirurgia e voltarei em finais de Agosto (talvez seja melhor ir de véspera).
Como é agradável estar doente em Portugal e não ter fortunas para gastar em consultas privadas…
Acho que o Déjan ficou com uma ideia como é a saúde em Portugal.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Três dias algarvios
Depois de uma viagem calma, constatámos que o nosso “pouso” era deveras agradável e fomos jantar tardiamente a Portimão, comer as célebres sardinhas assadas, debaixo da velha ponte.
No dia seguinte depois de um passeio pela Rocha, sempre bela e muito animada, rumámos para oeste e fomos almoçar a Armação de Pêra, junto à praia dos Pescadores; daí, um salto e estávamos na cosmopolita Albufeira que o Déjan adorou e onde estivemos um par de horas na praia, sem que ele tivesse a “coragem” de se meter completamente na água, devido a “estar fria” (os maus hábitos das praias adriáticas, sempre mornas). Ainda lhe mostrei a ostentação de Vilamoura e regressámos a casa para, após um bom banho, irmos jantar à Rocha e irmos depois beber um agradável “Irish Cofee” a um animado pub irlandês.
Na manhã seguinte fomos encontrar-nos com o meu maior amigo de infância, que há longos anos vive e trabalha na zona de Lagoa, sendo ele e a mulher ambos médicos; matámos saudades de palavras e afectos e dirigimo-nos para este, desta vez; um bom almoço em Lagos e depois fomos à Ponta da Piedade e fomos conhecer a tristemente célebre mas encantadora Praia da Luz, onde estivemos na praia (o calor era muito) e desta vez o Déjan teve a coragem de tomar um banho de corpo inteiro. Regressámos a casa e fomos jantar num bom restaurante perto, mas muito cansados, pelo que fomos cedo dormir.
Tivemos que madrugar um pouco, para deixar o apartamento em condições, pois ainda íamos visitar Sagres e o Cabo S. Vicente, antes de regressar a Lisboa, pela costa vicentina; esperámos quase uma hora para abastecer o carro e lá fomos ao famoso promontório e ao cabo referido. Escolhemos a linda praia de Zambujeira do Mar para almoçar e como não queríamos perder o jogo de Portugal, acabámos por assistir a ele num écran gigante numa área de serviço, perto de Alcácer do Sal.
Satisfeitos com o resultado e com estes dias no Sul, chegámos perto da hora do jantar a casa; apesar disso eu já pensava no louco dia que iria ter no dia seguinte, ou seja ontem, dia 12, mas isso fica para outro post.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Já lá estamos...
Mas hoje gostaria acima de tudo de falar da tarde e noite do passado sábado, dia do arranque do Campeonato Europeu de Futebol, em que com o duplo pretexto de ver o primeiro jogo de Portugal, contra a Turquia (que ganhámos por 2-0) e de que o Déjan pudesse conviver um pouco com amigos, alguns dos quais já conhecia, amigos de há muitos anos meus, e outros que ainda não conhecia, (algum pessoal dos blogs), reunimo-nos aqui em minha casa, no terraço, 20 amig@s, e passámos um belo bocado, sendo um dos pratos fortes o jogo, está claro, e outro um belíssimo bacalhau com natas, encomendado fora, pois não me apeteceu mìnimamente cozinhar…
A sangria, estava óptima e os “aperitivos” também souberam bem; a mousse da Keratina e o pudim de ananás do Tonghzi, estavam uma delícia.
Após o jantar e aproveitando a noite muito boa que estava, ficámos numa agradável cavaqueira; foi pena não reunir mais gente, mas não havia possibilidade de sentar mais gente…
Hoje no regresso do Algarve, que em próximo post relatarei, vimos, eu e o Déjan, o jogo com a República Checa, numa área de serviço da A-2, pois não havia tempo de chegar a casa e claro que vibrámos com a nova vitória portuguesa.
Força Portugal!!!
domingo, 8 de junho de 2008
Rock in Rio
Pela primeira vez, neste blog, o texto, as fotos e a música, não serão da minha autoria, será o Déjan, o dono do blog, para este post.
I have to say that the concert was after 2 wonderful days in Porto, where we met and had a dinner with some of good friends. Just as we returned, 10 minutes after we sat down in the car and went to the Rock in Rio.
I was pretty much tired but very excited cause after 20 years one of my dreams came true - to meet Metallica personally.
Something I was dreaming since was a kid , so in one way should happened 10,15 years ago, but of course it doesn’t mean that my heart wasn’t full of happiness (not sure about João ...)
Before we entered the concert I met with “Special K” and it was my pleasure to introduce such an expert of music and spend the rest of the day with him. As soon as we entered the concert area we have found a place where we had a good view of the stage.
mainly thanks to moe Chako Pako!
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Porto sentido...
A Duxa acompanhou-nos num almoço tardio ali mesmo numa ruela, numa semi tasca onde saboreámos umas pataniscas de bacalhau com arroz da água do feijão e após o repasto iniciámos o nosso passeio pedestre pelo centro do Porto, e que a partir quase logo do início teve a companhia muito simpática da Ana; claro que a deambulação pelos famosos ex-líbris do centro do Porto, tiveram duas paragens especiais: no Majestic, para um “cimbalino” e depois na livraria Lello, dois sítios emblemáticos que qualquer cidade do mundo não se importaria de possuir. Regressados ao carro, rumámos à Foz., onde retemperámos forças numa agradável esplanada mesmo junto ao mar; fomos depois buscar o Luís e seguimos para o cais de Gaia, depois de atravessarmos a ponte de D. Luís; aí chegados, logo encontrámos o par de “bears”, o Teddy e o Litlle, e fomos procurar pouso para o jantar, que acabou por recair num restaurante despretencioso e que pareceu simpático, o “Adão”, onde veio ter o Catatau, e os oito convivas comemos maravilhosamente um extraordinário polvo com gambas e amêijoa, bem reagdo com tinto do Douro; ainda houve tempo para “deitar abaixo” uma jarra de sangria, numa outra esplanada, antes de nos deixarem no nosso ninho portuense destes dois dias, a bonita e muito bem situada casa do Luís e do Gonçalo, que entretanto, regressado do trabalho, apresentei com prazer ao Déjan.
Depois de uma noite bem dormida (!), fomos ver a Casa da Música, numa visita infelizmente rápida e estreámo-nos no metro do Porto, rumo ao Dragão, numa visita que não foi do meu inteiro “agrado”, por razões bem conhecidas, mas a paixão do Déjan pelo futebol, ali nos levou e aí reencontrámos a nossa incasável guia, a Duxa, que nos mostrou uma das suas bonitas lojas, que partilha com a Ana, e fomos visitar a Ribeira e ali almoçarmos; mas os restaurantes são demasiados turísticos para o meu gosto e bolso, pelo que resolvemos e bem, voltar ao “local do crime”, ou seja ao “Adão” do jantar anterior e comemos umas incontornáveis tripas (o Déjan deliciou-se com uns rojões) a um preço deveras simpático; após o almoço ainda no cais de Gaia, deu para espreitar umas caves do mais famoso vinho português e seguimos para visitar o Palácio da Bolsa, o que não chegámos a fazer, pois a próxima visita, sempre guiada, tardava, e fomos ver uma das igrejas mais bonitas do mundo, no estilo barroco, a Igreja de S. Francisco..
Logo depois demos a o passeio habitual na marginal, desde a Ribeira até Matosinhos e depois despedimo-nos da querida Duxa, em Serralves, onde eu e o Déjan ficámos; daí num passeio(?) pedestre fomos até à “nossa casa” onde o Luís nos preparou um óptimo jantar - finalmente o Déjan comeu peixe – e pusemos a conversa em dia…
Esperámos pelo Gonçalo, pois havia que levantar cedo porque o Expresso nos aguardava para o regresso a Lisboa e ao…Rock in Rio (oh meu Deus!!!!!!), mas isso fica para amanhã e será da responsabilidade do Déjan…
Uma vez mais, um imenso obrigado a todos os amigos do Norte, que foram realmente amigos, com um especial agradecimento à generosidade da Duxa e à hospitalidade do Luís e do Gonçalo. De registar a simpatia das ofertas para o Déjan, de uma garrafa de um belíssimo Douro, com dedicatória em inglês e tudo, dos Bears, que realço uma vez mais, se deslocaram de propósito para jantarem connosco e da camisa dos Metalicca que o Catatau trouxe de surpresa para lhe dar.
A todos vós, Amigos do Norte, um bem hajam enorme!
terça-feira, 3 de junho de 2008
Rumo ao Porto
domingo, 1 de junho de 2008
Está quase...
Daqui a uma vintena delas, concretiza-se uma vez mais, num beijo ardente a tão difícil arte de amar à distância. Mas apertar-te contra mim, sorrir contigo e sentir o teu cheiro, são prazeres que me parecem ainda só sonhos, tal a intensidade do desejo.
Este ar de enfado com que fiquei na foto, não é senão contra o tempo que nos prega partidas: umas vezes, corre tão lento, noutras é loucamente apressado…
E prometo-te que não levo o gorro ao aeroporto e que mal chegue a casa desembaraço-me das fraldas…
Dobrodosao, ljubav moja!!!
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Doente de riso
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Filmes de uma vida - "Ladrões de bicicletas"
Exemplo máximo do neo-realismo italiano, este filme rodado em 1947 por Vittorio De Sica, que aqui expôs o credo politico artístico do neo-realismo, criando um filme rodado em cenários naturais, com não actores e filmado num estilo documental que muito contribuiu para a identificação do espectador com os problemas de pessoas bem reais. Uma das mais absolutas obras primas do cinema italiano, bela e pungente, cujas imagens ficam connosco muito além do filme.
terça-feira, 27 de maio de 2008
"Anatomia de Grey" - 2 soldados
domingo, 25 de maio de 2008
Acqua
O autor deste vídeo é o realizador e fotógrafo francês Stephane Sednaoui e está inserido num seu trabalho de 2002 "Acqua Natasa"; Sednaoui é o realizador de inúmeros clips musicais dos mais célebres nomes do panorama internacional, nomeadamente, Bjork, Madonna, R.E.M., U-2, Red Hot Chilli Pepper e outros.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Quatro frases
(Rupert Everrett, actor, no filme "Pronto a vestir")
"Na América o sexo é uma obsessão, noutras partes do mundo é um facto."
(Marlene Dietrich, actriz)
"O génio é a capacidade de ver dez coisas onde o homem comum vê uma."
(Ezra Pound, poeta norte americano)
(Doris Lessing, vencedora do Nobel da literatura em 2007)
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Boleia à siciliana
terça-feira, 20 de maio de 2008
Passado e presente: 1. "Para começar" e 2. "Velhos cinemas de Lisboa"
Porquê? E porquê, agora? Porque não agora?Porque sempre gostei de pôr no "papel", algumas ideias e talvez, com a ajuda de alguém, desenvolver certos temas.Agora, porque tenho mais tempo e, principalmente, sinto-me com a experiência e a "juventude"suficiente para o fazer. Gostaria de ter aqui a "companhia" de algumas opiniões, não necessariamente concordantes, para continuar a acreditar que se aprende em cada minuto da vida.
(Este post teve 1 comentário “anónimo” que dizia apenas: JVT! – um doce a quem adivinhar não quem o fez, é fácil, mas o que “diz”…)
Seguiu-se o primeiro texto:
Os velhos cinemas de Lisboa
É com certa nostalgia que recordo alguns (muitos...) cinemas que existiam, ou existem, mas com outras funções, nesta nossa cidade.Quando jovem, vim estudar para cá, abundavam os cinemas de reprise, onde por meia dúzia de escudos se podiam ver sessões duplas estupendas, e outros com algum outro pretensiosismo, eram chamados "cinemas de bairro".Entre os primeiros, como esquecer o CHIADO TERRACE, paredes meias com o luxuoso S.LUIZ, naquela infelizmente célebre António Maria Cardoso, o PARIS, um pouco mais abaixo o admirável JARDIM CINEMA (o palhinhas), o CINEARTE, o IDEAL, o IMPERIAL, sem esquecer essas fellinianas salas que eram o SALÃO LISBOA, aquele outro ao Arco de Bandeira, e claro o resistente até há pouco OLÍMPIA (este por razões muito específicas e mais almodovorianas).Muitos outros, existem ainda, mas dedicados a outras actividades: o IMPÉRIO, O ALVALADE, o CONDES, o ÓDEON, o ÉDEN, o EUROPA, o APOLO 70 (precursor de um novo estilo) , o ESTÚDIO (memoráveis sessões das 18,30, que me mostraram todo o Bergman possível) e outros que porventura não recordo. Ah, quase esquecia o MONUMENTAL...Noutro aspecto, permanecem com programações distintas, mas existem, o S.JORGE, o S. LUIZ, o TIVOLI, o ROMA.Agora, a oferta das distribuidoras tem múltiplas opções, mas não posso deixar de me congratular com a perseverança de um cinema, que não sendo dos mais antigos, tem já o seu tempo, inovou quando abriu com as suas 4 salas e tem mantido uma programação muito estimulante, quase mesmo alternativa; é o caso do QUARTETO!Também com uma programação diferente é justo referir o NIMAS.Como gostaria hoje de assistir numa cadeira de verga, na Pedro Álvares Cabral, por exemplo a uma dupla de "OS INACTIVOS", de Fellini e de "LADRÕES DE BICICLETAS, de Vittorio de Sicca?
Com este post, vou repor aqui alguns textos recuperados do meu apagado blog, pois também houve um aumento considerável de leitores, e mesmo dos que havia, na altura, muitos deixaram de existir ou estão há muito inactivos (não é, amigo Lampejo?)